Teori diz que recebimento de den�ncia n�o influencia em afastamento de Cunha

Bras�lia, 03, 03 - Relator da Opera��o Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Teori Zavascki afirmou, nesta quinta-feira, 3, que o fato de o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ter virado r�u no �mbito da opera��o Lava Jato n�o influencia na decis�o que deve ser tomada pela Corte de afastar ou n�o o peemedebista do cargo.

Para ele, os dois processos s�o "independentes". O ministro destacou tamb�m que ainda n�o h� uma data para a delibera��o sobre o tema.

O pleno do Supremo decidiu hoje, por unanimidade, abrir uma a��o penal contra Cunha diante dos ind�cios de que o parlamentar teria recebido US$ 5 milh�es em propina referentes a contratos de navios-sonda da Petrobras.

O peemedebista, que responder� pelos crimes de corrup��o passiva e lavagem de dinheiro, j� deu sinais de que n�o pretende deixar o cargo. Para o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, o peemedebista usa a influ�ncia que tem como presidente da C�mara para atrapalhar as investiga��es.

O afastamento de Cunha da presid�ncia da C�mara � um tema sens�vel para os ministros da Corte, que preferiam que o assunto fosse resolvido pelos pr�prios deputados, n�o pelo Supremo.

Na quarta-feira, por�m, enquanto proferia o seu voto, Teori fez um coment�rio que n�o passou despercebido por quem acompanhou a sess�o. Em um certo momento, ele afirmou que deixou de seguir o princ�pio da harmonia entre os poderes e optou por pedir dados da investiga��o a uma diretoria da C�mara e n�o ao presidente da Casa, porque Cunha era alvo de investiga��o. "A que ponto chegamos", exclamou o ministro Marco Aur�lio Mello quando ouviu o relato.