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Estado de Minas

Delc�dio do Amaral passa de l�der do governo a "homem-bomba"

Senador Delc�dio do Amaral, que foi preso pela Opera��o Lava-Jato, teria dito em dela��o premiada ao MP que a presidente Dilma e Lula tentaram interferir nas investiga��es


postado em 04/03/2016 06:00 / atualizado em 04/03/2016 07:20

Delcídio responde em liberdade às acusações de que estaria atrapalhando investigações da Operação Lava-Jato (foto: Geraldo Magela/Agência Senado - 18/5/15)
Delc�dio responde em liberdade �s acusa��es de que estaria atrapalhando investiga��es da Opera��o Lava-Jato (foto: Geraldo Magela/Ag�ncia Senado - 18/5/15)

De aliado da presidente Dilma, inclusive como l�der do governo no Senado, Delc�dio do Amaral (PT-MS) passou a ser considerado ontem uma esp�cie de “homem-bomba” para o Pal�cio do Planalto e esquentou ainda mais a crise pol�tica em Bras�lia. A reportagem, publicada pela revista Isto�, de que ele teria feito dela��o premiada, acusando Dilma e seu antecessor, Luiz In�cio Lula da Silva (PT), de terem tentado interferir no andamento da Opera��o Lava-Jato, foi considerada grav�ssima no meio pol�tico. A rea��o foi imediata tanto na oposi��o, que pediu a sa�da da presidente do cargo, como no governo, que desmentiu a acusa��o. Em pris�o domiciliar, Delc�dio n�o confirmou o conte�do da reportagem, mas tamb�m n�o negou claramente a exist�ncia de uma dela��o.

De acordo com a revista, a dela��o de 400 p�ginas feita por Delc�dio a um grupo de trabalho da Procuradoria-Geral da Rep�blica ainda n�o foi homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavaski. Ele teria pedido uma cl�usula de sigilo de seis meses que estaria dificultando o fechamento do acordo. Delc�dio teria relatado que Dilma teria nomeado o ministro Marcelo Navarro para o Superior Tribunal de Justi�a (STJ) mediante o compromisso de que ele votaria pela soltura dos empres�rios presos na Lava-Jato. A presidente tamb�m teria plena ci�ncia das cl�usulas desfavor�veis � Petrobras na compra da refinaria de Pasadena (EUA). Ao contr�rio do que se sabe at� agora, Delc�dio tamb�m teria falado na participa��o decisiva de Dilma para indicar Nestor Cerver� como diretor da estatal.

J� Lula, segundo a acusa��o, seria o mentor da tentativa de acordo para evitar uma dela��o de Cerver�. Seria do petista a ordem para que Delc�dio oferecesse uma mesada � fam�lia do empreiteiro em troca do seu sil�ncio nas investiga��es de corrup��o na Petrobras. Lula tamb�m teria oferecido dinheiro para o ex-empres�rio Marcos Val�rio se calar no caso do mensal�o. Ainda segundo a revista, h� relato de que Dilma e seu antecessor teriam interferido em CPIs para se proteger.

A suposta dela��o rapidamente se tornou objeto de desejo de todos em Bras�lia. O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Claudio Lamachia, informou que vai protocolar requerimento hoje no STF pedindo acesso ao depoimento. Se os fatos forem verdadeiros, segundo ele, ser�o apreciados pela OAB. J� a oposi��o quer incluir o teor das declara��es no pedido de impeachment de Dilma na C�mara. O senador A�cio Neves, presidente do PSDB, foi � tribuna do Senado pedir a ren�ncia da petista.

Dilma divulgou nota repudiando “o uso abusivo de vazamentos de dela��es premiadas” como arma pol�tica que, segundo ela, n�o contribui para a estabilidade do pa�s. “Cumprimos rigorosamente o que estipula a nossa Constitui��o”, disse. O ex-ministro da Justi�a Jos� Eduardo Cardozo, um dos citados na suposta dela��o, usou sua posse como advogado-geral do estado para defender o governo. Elea � citado como um dos que tentaram influenciar a Lava-Jato. Ele, por�m, deixou o cargo de ministro sob press�o do PT, que alega que ele teria ficado inerte. Segundo ele, as den�ncias foram uma tentativa de “ludibriar” a todos para “se vingar daqueles que ele achava que tinham poderes para tir�-lo da cadeia e n�o o fizeram”. Cardozo questionou se Delc�dio teria credibilidade depois de ter dito que retaliaria o governo caso n�o fosse solto. “Est� se dando peso para dela��es premiadas de senten�a judicial”, criticou.

Como porta-voz de Dilma, o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, disse que a petista est� “muito indignada”. O ministro afirmou que tem “muita poeira e pouca materialidade” nas den�ncias e comparou o vazamento ao esc�ndalo da Escola-Base, na d�cada de 1990. Na �poca, donos de um col�gio foram acusados pela opini�o p�blica e anos depois inocentados de den�ncias de abuso infantil. Em nota, Lula diz que jamais participou direta ou indiretamente de qualquer ilegalidade. Delc�dio divulgou nota alegando desconhecer o conte�do da reportagem e que n�o foi  procurado pela revista para se manifestar sobre a veracidade ou n�o dos fatos.


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