A Pol�cia Federal e a Receita t�m motivos para acreditar no vazamento de parte da investiga��o envolvendo pagamentos e favorecimentos ao ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. Segundo os investigadores e fontes do Correio, documentos e computadores do Instituto Lula foram levados para outro lugar ou at� mesmo destru�dos para evitar que a opera��o encontrasse provas.
Do instituto e da empresa, o dinheiro seguia para familiares do ex-presidente e para integrantes do partido. “A pr�pria presid�ncia do Instituto foi ocupada, em dado momento, por ex-tesoureiro de sua campanha que � apontado por colaboradores como recebedor de propinas que somaram aproximadamente R$ 3 milh�es, decorrentes de contratos com a Petrobras, o que, mais uma vez, mostra o v�nculo de pessoas muito pr�ximas ao ex-Presidente com os crimes e indica poss�vel liga��o das pr�prias empresas ao esquema il�cito e partid�rio que vitimou a Petrobras.”
H� suspeitas da pol�cia federal e da Receita Federal de que funcion�rios do Instituto Lula retiraram uma s�rie de documentos do local para dificultar a apura��o de provas contra o ex-presidente Lula, que foi levado para depor hoje diante das suspeitas de que teria se beneficiado do esquema de corrup��o que destruiu o caixa da Petrobras. Houve vazamentos sobre a 24ª fase da Opera��o Lava-Jato.
Segundo agentes encarregados de coletar documentos e computadores do Instituto Lula, pouca coisa foi encontrada no local. H� suspeitas de que tudo foi retirado e destru�do para evitar provas contra o ex-presidente. Foram encontrados poucos dados digitais, que podem ser insuficientes para confirmar as den�ncias de favorecimento do Instituto por empreeiteiras que desviaram recursos da Petrobras.
Fiscais da Receita acreditam que tudo foi orquestrado para dificultar as investiga��es. Al�m de Lula, fo i levado para prestar depoimentos um importante funcion�rios do Instituto Lula, Paulo Okamoto , uma das pessoas mais pr�ximas de Lula. A pol�cia fez buscas e apreens�es na casa de Clara Ant , assessora especial do ex-presidente .
A Receita levantou duas fontes principais de suspeita de irregularidades: o fato de funcion�rios e pessoas ligadas ao Instituto Lula serem respons�veis pela contabilidade da LILS e a constata��o de que as cinco principais empresas contratantes de palestras do ex-presidente s�o as mesmas que fizeram grandes doa��es ao instituto.
“S�o as mesmas cinco que contrataram palestras da LILS e fizeram doa��es ao Instituto Lula entre 2011 e 2012. Se para algum ou outro pagamento dessas palestras for confirmada que a mesma n�o ocorreu efetivamente, esse fato � uma irregularidade”, disse Roberto Leonel.
A suspeita do Minist�rio P�blico Federal � de que pagamentos feitos ao ex-presidente Lula possam configurar enriquecimento il�cito, assim como pagamentos feitos pelo Instituto Lula a empresas dos filhos do ex-presidente possam ter resultado em vantagens indevidas.
Aproximadamente R$ 30 milh�es de doa��es e pagamentos feitos por grandes empreiteiras s�o alvo de investiga��o, disse o delegado da PF Carlos Fernando dos Santos Lima.