Investigadores do MPF citam ind�cios de propinas pagos ao ex-presidente Lula

Investigadores da Pol�cia Federal (PF) e do Minist�rio P�blico Federal (MPF) afirmaram durante entrevista coletiva na manh� desta sexta-feira (4) que existem ind�cios de que o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) recebeu vantagens indevidas de empresas envolvidas no esquema de desvios da Petrobras. Segundo os procuradores est�o sendo apuradas irregularidades nas reformas do s�tio de Atibaia, que seria usado frequentemente por Lula, e no pagamento de palestras via Instituto Lula e a empresa LILS Palestra, que pertence ao ex-presidente. Os investigadores afirmaram que n�o motivos para pedido de pris�o do ex-presidente.

Segundo o MPF, o Instituto Lula recebeu de empreiteiras R$ 20 milh�es em doa��es e a empresa de palestras do ex-presidente recebeu R$ 10 milh�es, entre 2011 e 2014. Eles querem apurar se os recursos vieram de desvios da Petrobras e se foram usados de forma il�cita em benef�cio do petista. Parte do montante, segundo o MPF, foi transferido do Instituto para empresas de filhos do ex-presidente.


“N�s sabemos que as empresas caracterizavam o n�cleo duro do cartel que dilapidou o patrim�nio da Petrobras. Isso deve ser investigado com o aprofundamento das investiga��es”, afirmou o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, em entrevista concedida em Curitiba. Segundo ele “os favores supostamente recebidos pelo ex-presidente s�o dif�ceis de quantificar” e at� agora n�o h� nenhuma conclus�o, mas os indicativos eram suficientes para que Lula fosse conduzido para prestar depoimento.

Ainda de acordo com o procurador, a opera��o Lava Jato apura a atua��o de uma organiza��o criminosa infiltrada no governo federal que se utilizava da Petrobras para financiamento pol�tico. “Essa organiza��o possui um comando. O ex-ministro Jos� Dirceu fazia parte desse comando. Ele est� preso, mas a organiza��o criminosa continuou existindo. Estamos analisando evid�ncias de que o ex-presidente e sua fam�lia receberam vantagens. Mas isso ainda � uma hip�tese investigativa”, esclareceu Santos Lima.