S�o Paulo - O juiz federal S�rgio Moro, que conduz os processos da Opera��o Lava-Jato, decretou a quebra dos sigilos fiscal e banc�rio do Instituto Lula e da empresa LILS Palestras, Eventos e Publica��es, do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva.
"Na representa��o, levanta o MPF suspeitas sobre os pagamentos efetuados por empreiteiras envolvidas no esquema criminoso que vitimou a Petrobras para o Instituto Luiz In�cio Lula da Silva e para a LILS Palestras, Eventos e Publica��es Ltda., ambas controladas pelo ex-Presidente", informou Moro.
"A pedido do MPF, antes, autorizei a quebra do sigilo fiscal do Instituto Lula (decis�o de 07/12/2015) e da empresa LILS Palestras, Eventos e Publica��es Ltda. (decis�o de 01/09/2015)."
O vazamento de informa��es sobre a quebra de sigilo por blog ligado ao PT foi apontada pelo delegado da Pol�cia Federal Igor Rom�rio de Paula como um preju�zo �s investiga��es.
Segundo Moro, a quebra revelou "segundo o MPF, que o Instituto Lula recebeu doa��es de cerca de R$ 34.940.522,15 entre 2011 e 2014, sendo que R$ 20.740.000,00 foram provenientes das empresas Camargo Correa, OAS, Odebrecht, Andrade Gutierrez e Queiroz Galv�o, todas envolvidas no esquema criminoso da Petrobras". Executivos de duas dessas empreiteiras - da Camargo Correa e OAS - j� foram condenados criminalmente por corrup��o de agentes da Petrobras.
"J� a LILS Palestras, Eventos e Publica��es Ltda. recebeu pagamentos de cerca de R$ 21.080.216,67 entre 2011 e 2014, sendo que R$ 9.920.898,56 foram provenientes das empresas Camargo Correa, OAS, Odebrecht, Andrade Gutierrez, UTC e Queiroz Galv�o, todas envolvidas no esquema criminoso da Petrobras", ressalta Moro.
"N�o se pode concluir pela ilicitude dessas transfer�ncias, mas � for�oso reconhecer que tratam-se de valores vultosos para doa��es e palestras, o que, no contexto do esquema criminoso da Petrobras, gera d�vidas sobre a generosidade das aludidas empresas e autoriza pelo menos o aprofundamento das investiga��es."
Para o MPF, "h� evid�ncias de que o ex-presidente Lula recebeu valores oriundos do esquema Petrobras por meio da destina��o e reforma de um apartamento tr�plex e de um s�tio em Atibaia, da entrega de m�veis de luxo nos dois im�veis e da armazenagem de bens por transportadora. Tamb�m s�o apurados pagamentos ao ex-presidente, feitos por empresas investigadas na Lava Jato, a t�tulo de supostas doa��es e palestras".