Presidente do PT-SP avalia que PF quis dar resposta ap�s troca de ministros

S�o Paulo, 04, 04 - O presidente do diret�rio paulista do PT, Em�dio de Souza, avaliou na tarde desta sexta-feira, 4, que a 24� fase da opera��o Lava Jato, deflagrada hoje, foi uma forma de a Pol�cia Federal "dar uma resposta" ap�s a troca de Jos� Eduardo Cardozo por Wellington Lima e Silva no Minist�rio da Justi�a.

"Houve todo um clima, boataria com a troca do ministro. A impress�o que tenho � que eles deram uma resposta", afirmou. Cardozo deixou o minist�rio em meio a press�es do PT de que ele n�o teria controle sobre a Pol�cia Federal, deixando a PF "chegar" a Lula. Hoje, entre petistas em Bras�lia, houve quem avaliasse que o ex-ministro da Justi�a sabia que o ex-presidente Lula seria alvo dos passos seguintes da Lava Jato e que por isso se demitiu.

Lima e Silva assumiu o comando da pasta nesta quinta-feira, 3. Em�dio disse n�o ver muito cabimento na hip�tese de Cardozo ter deixado o minist�rio por esses motivos e especulou sobre as raz�es do juiz Sergio Moro ter autorizado os mandados condu��o coercitiva (depoimento for�ado) e de busca e apreens�o dos quais Lula, seus filhos e pessoas ligada ao instituto do ex-presidente foram alvos.

O dirigente petista insinuou que o juiz da Lava Jato pode querer constranger a ministra Rosa Weber, que vai decidir em breve se a compet�ncia de investigar a suposta propriedade de Lula de propriedades que n�o est�o no nome do ex-presidente. A ministra definir� se a investiga��o do s�tio em Atibaia e do tr�plex no Guaruj� cabe ao Minist�rio P�blico Federal ou ao Minist�rio Publico de S�o Paulo.

"O Moro pode estar tentando criar um constrangimento para a ministra Rosa Weber, que vai decidir agora quem tem a compet�ncia para investigar, se o MPF ou o MP-SP", afirmou. O presidente do PT paulista disse ainda que as a��es da Lava Jato foram coordenadas para inflar as manifesta��es pr�-impeachment marcadas para o dia 13, mas segundo Em�dio a t�tica n�o vai funcionar. "� tamb�m uma tentativa de inflar a manifesta��o do dia 13, mas o efeito vai ser o contr�rio. Vamos fazer manifesta��es maiores ainda."