Curitiba - A ex-secret�ria de Lula na Presid�ncia da Rep�blica Clara Ant, atual diretora do Instituto Lula, e sua empresa Nemala Assessoria em Planejamento Estrat�gico e Projetos foram alvos da Opera��o Aletheia - 24ª fase da Opera��o Lava-Jato. Seus endere�os passaram por buscas nessa sexta-feira, 4, al�m dos arquivos de emails usados por ela. O material come�a a ser analisado esta semana, em Curitiba.
A for�a-tarefa do Minist�rio P�blico Federal afirma no pedido de busca a Opera��o Aletheia que Clara Levin Ant "� pessoa da mais estrita confian�a" de Lula. "Tendo exercido a fun��o de assessora especial do ent�o Presidente da Rep�blica (de 2003 a 2010, nos dois governos do petista). Clara Ant atualmente exerce o cargo de diretora do Instituto Lula."
Para a for�a-tarefa, Clara Ant "� um dos contatos do Instituto Lula com pessoas investigadas na Opera��o Lava-Jato". Ao todo, dos R$ 35 milh�es recebidos pelo �rg�o entre 2011 e 2014, R$ 20 milh�es (60%) foram pagos por cinco empresas acusadas de corrup��o na Petrobras: Camargo Corr�a, OAS, Odebrecht, Queiroz Galv�o e Andrade Gutierrez.
"Na agenda de contatos telef�nicos de Leo Pinheiro, presidente do Grupo OAS preso na 7ª fase da Opera��o Lava-Jato (batizada de Ju�zo Final), h� a identifica��o do terminal telef�nico utilizado pela representada, o que por si deixa claro que Clara Ant � um dos contatos do Instituto Lula com pessoas investigadas na Opera��o Lava-Jato", informa pedido de busca na casa da secretaria e no instituto.
Foram autorizados pelo juiz S�rgio Moro a an�lises de pelo menos dois endere�os de e-mails em nome de Clara Ant e outros usados por funcion�rios do Instituto Lula. O objetivo � identificar trocas de mensagens sobre as contrata��es de palestras feitas pelo ex-presidente. A suspeita � que algumas delas possam ter servido para ocultar propina de empreiteiras.
A Nemala, empresa de Clara Ant, era usada para receber seus pagamentos do Instituto. A firma recebeu R$ 292,4 mil do Instituto Lula em 2014. "Al�m disso, a representada atualmente exerce o cargo de diretora do Instituto Lula, tendo inclusive auferido valores da entidade: cerca de R$ 160 mil anuais, de 2011 a 2013", informam os procuradores.
"Em virtude de todo o contexto exposto, impende realizar a medida cautelar de busca e apreens�o na resid�ncia da representada, e na sede da empresa com a qual ela possui v�nculo administrativo e/ou societ�rio."
Clara Ant tamb�m atuou na elei��o da presidente Dilma Rousseff, em 2010, no Comit� Financeiro Nacional para Presidente da Rep�blica do PT.
O Instituto Lula, por meio de nota divulgada na sexta-feira, 4, negou irregularidades nos recebimentos de palestras pelo ex-presidente, via empresa LILS, e no financiamento do instituto. Clara Ant n�o foi localizada para comentar as investiga��es.