(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Parlamentares de Minas t�m expectativa polarizada sobre impeachment de Dilma

Em meio ao agravamento do desgaste do governo, parlamentares mineiros se dividem quanto aos pr�ximos passos do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff


postado em 07/03/2016 06:00 / atualizado em 07/03/2016 07:16

"O desgaste pol�tico e uma oposi��o mais exacerbada s�o dados da realidade. Mas isso n�o determina a din�mica interna do Legislativo" - J� Moraes, deputada federal (PCdoB-MG) (foto: Lu�s Macedo/Ag�ncia C�mara - 16/7/15)
Pelo menos em um ponto a situa��o e a oposi��o ao Pal�cio do Planalto est�o de acordo: a pol�mica condu��o coercitiva do ex-presidente Lula para depoimento na Pol�cia Federal e o alarde em torno da suposta dela��o premiada do ex-l�der Delc�dio do Amaral (PT-MS) no Senado Federal aprofundam o desgaste do governo e acirram os �nimos de uma sociedade j� dividida. Mas nenhum dos dois repercute de imediato no processo de impeachment de Dilma Rousseff. “O Supremo Tribunal Federal (STF) est� com a bola na m�o, com o comando”, afirma o presidente estadual do PSDB, deputado federal Domingos S�vio. E o rito definido pelo STF, cujo ac�rd�o dever� ser publicado nos pr�ximos dias, determina que a comiss�o especial para analisar o processo seja indicada por l�deres partid�rios e eleita com voto aberto, al�m de dar ao Senado Federal o poder para rejeitar o processo de abertura, mesmo que aprovado pela C�mara.


A partir da�, as oposi��es n�o se entendem sobre como conduzir o pretendido afastamento de Dilma Rousseff. E a base de apoio do governo federal tem diferentes percep��es sobre a polarizada conjuntura pol�tica de �nimos extremamente acirrados, em meio a um iminente processo de cassa��o do presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a um intenso movimento de migra��o partid�ria que tomou conta dos parlamentares dentro da “janela de oportunidades” e as elei��es municipais que batem � porta, levando a disputas internas, como � o caso do PSDB de S�o Paulo, para a indica��o do candidato a prefeito.

“O desgaste pol�tico e uma oposi��o mais exacerbada s�o dados da realidade. Mas isso n�o determina a din�mica interna do Legislativo”, avalia a deputada federal J� Moraes (PCdoB-MG). Para ela, a din�mica do processo depender� de quem ganhar� com esse
"O PMDB sabe que no impeachment assume o poder. E n�o s� ele, os partidos aliados podem ver nessa alternativa uma transi��o menos traum�tica" - Domingos S�vio, presidente estadual do PSDB (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press - 14/8/15)
procedimento. E � a� que as coisas ficam obscuras: na hip�tese de um impeachment prosperar no Congresso, o PMDB governar�. “O impeachment n�o � a sa�da. N�o adianta tirar Dilma e colocar o Michel Temer, que tem gente comprometida. Isso n�o resolve a crise institucional”, avalia o deputado federal J�lio Delgado (PSB-MG), da oposi��o, considerando que o PMDB n�o tem condi��es de promover a uni�o nacional nos moldes de Itamar Franco, em 1992, mas essa � uma possibilidade para o PSDB. “O PMDB sabe que no impeachment assume o poder. E n�o s� ele, os partidos aliados podem ver nessa alternativa uma transi��o menos traum�tica”, considera Domingos S�vio.

A oposi��o investe pesado em outras frentes: trabalha para cassar a chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sob a acusa��o de abuso de poder econ�mico e uso de dinheiro il�cito no financiamento da campanha. Mas, h� tamb�m nesta estrat�gia problemas: se Dilma e Temer ca�rem, quem governar� o pa�s por 90 dias at� a convoca��o de novas elei��es ser� o agora r�u Eduardo Cunha. “Essa falta de credibilidade � um impeditivo. A Justi�a Eleitoral ficaria constrangida de votar a impugna��o sabendo que ato cont�nuo tomaria posse o presidente da C�mara dos Deputados”, afirma Domingos S�vio.

H� tamb�m uma quest�o que envolve um “timing” para a realiza��o de nova elei��o presidencial: este ano h� elei��es municipais em outubro. “Imagine que esse julgamento ocorra no fim deste m�s e as elei��es sejam convocadas para junho. O pa�s, em plena crise, poder� gastar milh�es com uma elei��o presidencial para, meses depois, enfrentar elei��es municipais?”, questiona J�lio Delgado. Pregando um entendimento amplo, que passaria inclusive por Dilma Rousseff, Delgado afirma: “A tese do TSE � mais justa. Mas o STF precisa afastar o Eduardo Cunha para n�o presidir a Rep�blica, seria preciso coincidir as elei��es municipais e presidencial e Dilma concordaria com a sa�da, que seria a melhor para o pa�s”, acrescenta Delgado.

MOBILIZA��O Ainda sem clareza sobre que estrat�gia adotar para afastar Dilma Rousseff, o PSDB segue trabalhando para a mobiliza��o da popula��o. “Os movimentos populares nas ruas s�o fundamentais neste momento. A oposi��o ganha for�a pol�tica, inclusive num eventual impeachment, porque o rito � pol�tico, o impeachment � votado por pol�ticos”, afirma o tucano Domingos S�vio. Segundo ele, seja pequena ou seja grande a mobiliza��o do pr�ximo 13, o PSDB estar� convocando atos em diversas cidades em defesa do impeachment. “Ser�o encontros, como o das Diretas J�, com movimentos alinhados em um �nico prop�sito”, afirma o tucano.

Classificando as estrat�gias para afastar Dilma Rousseff de golpe contra uma presidente eleita, o deputado federal Reginaldo Lopes (PT) critica: “Todas as a��es se somam numa tentativa para derrubar a presidente, criminalizar o Lula e pedir a extin��o do PT. Eles n�o t�m for�a pol�tica para cass�-la, pois n�o h� base legal”.

 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)