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Estado de Minas

Para Lava-Jato, chefe de Instituto Lula 'viabilizou lavagem'

O relat�rio aponta ainda a "ado��o de medidas de oculta��o de origem e propriedade dos bens para fins de conferir apar�ncia l�cita ao repasse de valores


postado em 07/03/2016 09:07

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva(foto: Nelson Almeida/AFP)
Ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (foto: Nelson Almeida/AFP)
A Procuradoria da Rep�blica afirmou em relat�rio ao juiz federal S�rgio Moro que o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, "viabilizou, entre janeiro de 2011 e janeiro de 2016, a lavagem de R$ 1.292.210,40 do dinheiro da OAS em favor de Lula".

O valor � referente ao pagamento, durante cinco anos, do aluguel de dez guarda-m�veis usados para armazenar parte da mudan�a do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva quando ele deixou o Pal�cio do Planalto ao fim do segundo mandato.

"N�o pairam d�vidas sobre a atua��o il�cita de Paulo Tarciso Okamotto na viabiliza��o do custeio pela OAS do armazenamento de bens pessoais de Lula junto � Granero Transportes", sustenta o documento de 89 p�ginas, subscrito por 11 procuradores da for�a-tarefa da Lava Jato. O contrato com a OAS foi um dos motivos que levaram a Justi�a a autorizar a condu��o coercitiva de Lula durante a Opera��o Aletheia.

O relat�rio aponta ainda a "ado��o de medidas de oculta��o de origem e propriedade dos bens para fins de conferir apar�ncia l�cita ao repasse de valores provenientes de infra��es penais praticadas no �mbito da Petrobras".

Procurado neste domingo, dia 6, Okamotto n�o foi localizado. Ap�s ser ouvido pela PF, ele afirmou ter explicado que a finalidade do Instituto Lula � "guardar os objetos do Lula, cuidar do legado dele, discutir pol�ticas p�blicas, continuar falando do Brasil, defendendo o Brasil na Am�rica Latina, mostrar o que s�o os pa�ses africanos para os brasileiros, o que � nossa pol�tica de combate � fome na �frica e, a partir dessa proposta, as empresas apoiavam ou n�o".

Okamotto afirmou que uma parte da mudan�a de Lula foi para o apartamento em S�o Bernardo do Campo, outra parte foi para o s�tio em Atibaia e a terceira parte ficou armazenada com a Granero Transportes.

Nota do Instituto Lula divulgada na sexta-feira classificou de "absolutamente falsa" a informa��o de que a mudan�a do ex-presidente teria sido paga por uma empresa. "A mudan�a, como ocorre com todos os ex-presidentes, foi providenciada pela Presid�ncia da Rep�blica", afirmou a nota.

Rescis�o

Ap�s a rescis�o do contrato de armazenagem, entre 18 e 19 de janeiro de 2016, dizem os procuradores, a "Granero fez a entrega dos bens para as pessoas indicadas por Paulo Tarcisio Okamotto, notadamente Alexandre Antonio da Silva, Luiz Antonio Pazine e Paulo Marcelino Mello Coelho". A for�a-tarefa afirma que Alexandre Ant�nio da Silva, do Sindicato dos Metal�rgicos do ABC, foi autorizado por Okamotto para "represent�-lo em rela��o ao contrato de armazenagem" firmado com a Granero.

A OAS n�o se pronunciou. A Granero disse ter vencido concorr�ncia p�blica para transportar parte da mudan�a de Lula. A empresa informou que armazenou o acervo museol�gico do ex-presidente mediante "contrato com a OAS, no valor de R$ 21 536,84 mensais, que perdurou por cinco anos" e que "nos dias 18 e 19 de janeiro, o acervo museol�gico do ex-presidente foi retirado do armaz�m da Granero por transportadora contratada pelo sr. Paulo Okamotto".


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