S�o Paulo - O vereador Andrea Matarazzo, um dos dois pr�-candidatos nas pr�vias do PSDB para defini��o de quem vai disputar a Prefeitura de S�o Paulo pelo partido, decidiu apelar � Justi�a comum para impugnar a chapa do empres�rio Jo�o Doria, vencedor do 1.º turno e advers�rio do parlamentar na vota��o marcada para o dia 20.
"Longe de ser rid�culo, � um pedido bastante s�rio. Voc� n�o pode gastar dinheiro e fazer propaganda antecipada. Vamos exigir que se aplique aqui o que PSDB defende em Bras�lia: �tica na pol�tica", afirmou Matarazzo. "Existem muitos ind�cios de que meu advers�rio comprou votos."
Na semana passada, em entrevista coletiva depois de um evento, Alckmin classificou como "r�d�culo" o pedido de cassa��o de Doria feito ao diret�rio municipal do PSDB. Ontem, o governador encontrou advers�rios de Doria, como An�bal, em evento na zona norte.
Aliado do governador e um dos coordenadores da pr�-campanha do empres�rio, o presidente do diret�rio tucano da Mooca, Fabio Lepique, ironizou a ofensiva de Matarazzo contra Doria e defendeu o processo interno do PSDB. "As pr�vias s�o a forma mais democr�tica de se escolher o candidato. Acabou-se a �poca dos herdeiros e dinastias."
Relatoria
A avalia��o de Matarazzo � de que o processo interno para apurar se houve ou n�o irregularidade por parte de Doria est� "contaminado", j� que o relator escolhido para a apura��o interna � Jorge Farid, tucano pr�ximo do empres�rio. Ele foi designado pelo vereador Mario Covas Neto, presidente do PSDB da capital.
A decis�o final sobre o caso cabe aos 71 membros do diret�rio municipal. O relat�rio de Farid deve ser apresentado no dia 14, mas j� h� expectativa de que isente Doria de irregularidades.
"N�o podemos legitimar um processo que est� contaminado. O relator diz que apoia o Doria. Vamos entrar na Justi�a comum. Tudo est� sobejamente fotografado, filmado, gravado", afirmou Matarazzo.
O advogado Alexandre Bissoli, representante de Doria, disse que, com a representa��o na Justi�a comum, Matarazzo pretende "inverter a ordem das coisas". "Juridicamente, n�o vejo o que Andrea quer buscar na Justi�a comum sem antes encerrar o processo interno", disse.
Segundo Bissoli, esse processo est� ainda em fase inicial porque Doria sequer foi notificado da a��o. "Como se pode ingressar na Justi�a comum para questionar algo que n�o aconteceu sequer na esfera partid�ria? � pular uma etapa. Me arrisco a dizer que a Justi�a comum n�o tem nem o que fazer neste momento."
As pr�vias est�o marcadas para o dia 20. Se o caso se arrastar na Justi�a, a defini��o da candidatura tucana poderia ser adiada at� a conven��o do partido, em junho. O diret�rio estadual, que � controlado por Alckmin, tem poder de intervir no municipal. E o nacional, presidido pelo senador A�cio Neves (MG), poderia dar a palavra final em caso de impasse entre os tucanos. A�cio, entretanto, j� afirmou que espera uma solu��o por parte dos dirigentes do PSDB em S�o Paulo.