O presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse na tarde desta quarta que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff deve voltar a andar na quinta-feira da pr�xima semana na Casa, no dia seguinte ao julgamento dos embargos de declara��o do Supremo Tribunal Federal (STF). A sess�o da Corte est� marcada para quarta-feira.
Durante a sess�o desta tarde, o peemedebista informou ao plen�rio que estender� a sess�o da quinta-feira, 17, pelo tempo necess�rio para a escolha da comiss�o especial. "O que tiver de fazer ser� feito na quinta-feira", declarou.
Cunha prev� que nesta semana n�o haja vota��es importantes na Casa porque h� um clima de obstru��o em curso, seja pela oposi��o ou pela base governista. Ele acredita que o projeto que suspende a regra de c�lculo das d�vidas dos Estados e munic�pios tem condi��es de ser votado na pr�xima ter�a-feira. "Hoje mais permanece o desejo de obstru��o da oposi��o que o governo n�o est� com vontade de enfrentar", concluiu.
Ele disse que faz parte do Parlamento manobras de obstru��o, ora de governistas, ora de oposicionistas. "Voc� n�o vai achar que aqui tem l�gica tudo, n�? Muitas coisas s�o feitas pela l�gica do dia e do momento", completou o deputado, ressaltando que o governo n�o tem cumprido os acordos para votar o projeto do deputado Esperidi�o Amin (PP-SC).
Conselho de �tica
Sobre a suspeita de que houve falsifica��o da assinatura do deputado Vin�cius Gurgel (PR-AP) na carta de ren�ncia como titular do Conselho de �tica, o peemedebista voltou a repetir que n�o teve participa��o no epis�dio. Questionado se a Mesa Diretora n�o checou a autenticidade da firma, Cunha informou que os t�cnicos sempre conferem as assinaturas, mas que ele n�o interfere neste trabalho. "Eu n�o tenho interfer�ncia no que a Mesa faz, � bom deixar isso claro. Isso � uma coisa autom�tica", enfatizou.
Cunha disse que n�o � porque um jornal publicou que dois peritos detectaram a falsifica��o da assinatura de um parlamentar que a Casa vai instalar automaticamente um procedimento de investiga��o. "A Mesa tem seu tr�mite para cuidar, ou algu�m acha que o presidente da Casa que vai conferir assinatura?", insistiu.
O peemedebista recha�ou a hip�tese de atrelar seu nome ao epis�dio. "N�o d� para eu aceitar querer me atribuir qualquer tipo de m�todos ao qual n�o participei. Ent�o n�o posso aceitar nem a insinua��o dessa natureza, eu repudio de forma veemente qualquer insinua��o e n�o vou permitir que ningu�m o fa�a", rebateu.