
Em evento que comemora os 30 anos do Tesouro Nacional, Barbosa disse que vem trabalhando para atender a demandas do PT e do PMDB - partidos que citou nominalmente - e que apenas medidas de curto prazo ou somente reforma de longo prazo n�o s�o suficientes.
"As propostas refletem pontos apontados pelos dois principais partidos de apoio ao governo. Tem a��es de curto prazo para estabilizar renda e emprego, como prop�em lideran�as do PT e envolve a ado��o de reformas estruturais para controlar despesas, como prop�em v�rias lideran�as do PMDB", afirmou.
Nesse contexto, o ministro disse que procura um meio termo para resolver todos os problemas enfrentados pela economia brasileira. "N�o � hora de extremismos na pol�tica econ�mica, mas de volta � normalidade", completou.
O ministro voltou a citar a rigidez dos gastos p�blicos e lembrou que 54% do gasto prim�rio � com a Previd�ncia "Qualquer proposta de controle de gasto envolve reforma da Previd�ncia. Precisamos atuar do lado da arrecada��o, mas o foco das a��es neste momento tem de ser no gasto", completou.
A expectativa do ministro � enviar at� abril um projeto de reforma da Previd�ncia, que deve enfrentar resist�ncia no Congresso Nacional. Ele afirmou que as propostas em constru��o s�o graduais e t�m regras de transi��o e ressaltou a urg�ncia do tema. "Adiar o enfrentamento desses problemas tornar� inevit�vel solu��es mais dr�sticas num per�odo pr�ximo", completou.
Nova matriz
Barbosa tentou descolar sua pol�tica econ�mica do modelo de est�mulo adotado pelo governo petista
nos �ltimos anos. Ele ressaltou a necessidade de redu��o da infla��o e do equil�brio fiscal para a recupera��o do crescimento e fez uma cr�tica �s a��es adotadas no passado recente.
"Somente medidas de est�mulo no curto prazo n�o ser�o suficientes, pois a recupera��o tende a ser curta ou n�o ocorrer. Tivemos experi�ncia de ado��o de est�mulos no passado recente que tiveram efeito curto e, ao inv�s de resolver, ampliaram os problemas estruturais", apontou.
O ministro admitiu que a situa��o � "desafiadora" e lembrou que o mercado prev� redu��o da atividade econ�mica pelo segundo ano consecutivo, o que n�o acontece desde a grande depress�o de 1930. Para Barbosa, h� sinais de estabiliza��o em alguns setores, mas perspectiva � que economia se estabilize no terceiro trimestre deste ano.
Ele ressaltou que a situa��o requer medidas n�o usuais e tem que ser enfrentada com "realismo, urg�ncia e serenidade". "O governo deve ser agente de estabiliza��o, de redu��o da volatilidade", acrescentou. "Devemos ter ousadia com responsabilidade de forma consistente e duradoura".