S�o Paulo, 10, 10 - Terminou na noite desta quinta-feira, 10, a reuni�o do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva com petistas e representantes sindicais em um hotel da capital paulista. Lula saiu sem falar com a imprensa, mas o presidente do PT, Rui Falc�o, voltou a falar brevemente com jornalistas.
Questionado sobre a possibilidade de Lula assumir um minist�rio no governo Dilma, Falc�o desconversou e disse que o assunto n�o foi discutido no encontro, que teve a participa��o do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa. Perguntado especificamente sobre a poss�vel ida de Lula para a Casa Civil, Falc�o disse que a pergunta deveria ser feita para a presidente Dilma Rousseff.
Cr�ticas
O presidente do PT disse que o ministro recebeu de forma bastante "compreensiva" as cr�ticas de sindicalistas e petistas � pol�tica econ�mica do governo Dilma. "O ministro Nelson Barbosa tem sido interlocutor permanente, muito aberto ao di�logo, confia, pelos �ltimos dados, que a economia brasileira est� retomando", disse Falc�o. "O ministro foi muito acess�vel e muito compreensivo em rela��o �s cr�ticas tamb�m".
A proposta da reforma Previdenci�ria, defendida por Barbosa e recha�ada por petistas e sindicalistas, foi um dos temas do encontro. Rui Falc�o destacou que o ministro teria esclarecido que direitos dos trabalhadores n�o ser�o cancelados.
"Ele exp�s as raz�es pelas quais ele defende uma reforma (previdenci�ria), esclarecendo que n�o pretende cancelar direitos, uma coisa que come�a a produzir efeitos daqui a alguns anos, (n�o vai) nem cancelar direitos nem expectativas de direitos, e acha que essa � uma medida necess�ria para estabilizar no m�dio e longo prazos a economia brasileira."
Segundo o presidente do PT, o ministro mostrou dados a petistas como a previs�o de que a balan�a comercial brasileira chegue a um saldo de US$ 50 bilh�es no fim do ano. Falc�o tamb�m citou a desacelera��o da infla��o - que ficou em 0,90% em fevereiro, abaixo do piso das expectativas que estava em 0,92% - como sinal de que a economia brasileira estaria se recuperando.
"Ele anunciou outras medidas que pretende mandar ao Congresso Nacional, medidas que caminham para a estabilidade, para poder preservar empregos, garantir crescimento econ�mico e tirar o Brasil da crise, que � em grande medida impulsionada tamb�m pela oposi��o que quer o quanto pior melhor, a obstru��o no Congresso Nacional, a crise permanente que promovem, a agita��o, o descr�dito do nosso Pa�s", disse Falc�o.