Em audi�ncia na Assembleia, coordenador do MST diz que crise 'n�o � apenas deste mandato'

O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Jo�o Pedro St�dile, disse nesta sexta-feira que o momento atual exige aten��o e que muitas cr�ticas feitas ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT), na verdade, servem para fortalecer sua gest�o. "Essa crise n�o � quest�o desse mandato apenas. � uma crise prolongada", afirmou. O l�der social est� em Belo Horizonte e participa de audi�ncia p�blica da Comiss�o de Direitos Humanos da Assembleia de Minas Gerais.

Segundo ele, h� um processo de divis�o, inclusive, dentro das elites sobre poss�vel mudan�a no sistema de governar.“A proposta de volta ao neo-liberalismo n�o consegue maioria na sociedade. E isso divide as pr�prias classes dominantes", disse. Ele ressalta que h� o receio de que o ex-presidente Lula possa ser candidato novamente e isso estaria por tr�s de a��es que tentam desmoraliz�-lo. “O principal objetivo atual � impedir que Lula seja candidato em 2018. Sabem que uma vit�ria seria com um projeto popular", analisou.

Sobre a dificuldade de Dilma em conseguir resolver a crise pol�tica, St�dile disse que t�m cr�ticas � gest�o dela - que estaria adotando medidas “neo-liberais” -, mas que prefere poup�-la. Sem, com isso, deixar de cobrar aten��o �s pautas sociais. "N�o podemos aceitar um golpe. Seria a quebra das regras democr�ticas. Golpe � quando por ila��es judiciais se tenta tirar um governo eleito. Criticamos o governo de Geraldo Alckmin, mas ele foi eleito. Criticamos o Sartori, no Rio Grande do Sul, mas ele foi eleito. Devem ser respeitados", disse. Ele criticou o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa e a "entrega do pr�-sal"

Logo ap�s sua fala aos parlamentares, em conversa com jornalistas, St�dile ainda criticou os "excessos do judici�rio" na condu��o coercitiva de Moro e no pedido de pris�o do Minist�rio P�blico de S�o Paulo.

Manifestantes da CUT, UNE, PT e PCdoB comemoraram fala de Dilma de que n�o pensa em ren�ncia. Ele concedeu entrevista coletiva no come�o da tarde de hoje em que se afirmou que a postura n�o faz parte de sua personalidade.