Bras�lia, 12 - Um dos principais aliados do governo no Congresso, o senador Romero Juc� (PMDB-RR) cobrou que a presidente Dilma Rousseff tome provid�ncias para solucionar o atual momento de "extrema dificuldade" e afirmou que esta responsabilidade n�o � do PMDB, que, segundo ele, � apenas "um coadjuvante". Neste s�bado, durante a conven��o nacional do partido, em Bras�lia, em meio a gritos de "fora, Dilma", Juc� disse que, a partir de agora, a legenda passar� a discordar do governo "em alguns pontos".
"O governo tem que se colocar e tomar provid�ncias. O governo vive hoje um momento de extrema dificuldade. Os quadros t�m se agravado, os problemas t�m crescido", afirmou Juc�, que, nos bastidores, participou das conversas que decidiram pelo desembarque gradual do governo, em um prazo de 30 dias.
"At� 30 dias, vamos avaliar o quadro e, a partir da�, tomar uma decis�o pela grande maioria do partido e dever� ser seguida pelos membros. At� l�, � dif�cil antecipar qualquer posi��o. Preferimos agir com cautela, responsabilidade, dando um passo firme de cada vez, mas em dire��o de um futuro melhor", afirmou Juc�.
O senador eximiu seu partido de culpa pela crise. "N�o cabe ao PMDB comandar o Pa�s. O PMDB est� numa alian�a, participa do governo, atrav�s dessa participa��o procura ajudar. No Congresso, temos votado mat�rias importantes para o governo e para o Pa�s. Agora, o comando do Brasil n�o � do PMDB. O PMDB � um coadjuvante nessa a��o", disse Juc�.
O senador afirmou que, a partir desta conven��o, a postura do partido mudar�. "A partir de agora, com essas nova comiss�o executiva, vai marcar de forma clara, transparente, o posicionamento do partido sobre cada quest�o. Em alguns pontos concordando com o governo, em outros, discordando claramente do governo, colocando os argumentos e colocando o que a gente pensa", afirmou Juc�.
Delc�dio
Apontado em reportagem da revista Isto� como um dos parlamentares citados na dela��o premiada do senador Delc�dio Amaral (PT-MS), Romero Juc� pediu cautela e disse desconhecer o conte�do do depoimento.
"Tenho que aguardar o que Delc�dio disse. Queremos saber o tipo de cita��o. Pode ser sobre trabalho, sobre rela��o pessoal", afirmou Juc�.
"O PMDB est� muito tranquilo", disse o senador. "Pessoalmente, nunca tive nenhuma
rela��o mais pr�xima do Delc�dio. N�o tratei de nenhum assunto com Delc�dio sobre qualquer quest�o que est� ali naquelas mat�rias", disse Juc�, defendendo que "qualquer d�vida deve ser investigada".