Bras�lia, 12 - O Pal�cio do Planalto chega com grande preocupa��o e apreens�o � primeira grande manifesta��o do ano. Nos monitoramentos di�rios de redes sociais, h� a avalia��o de que a mobiliza��o est� grande e que pode ser catalisadora do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Por�m, se os protestos forem fracos, o governo acredita que isso dar� f�lego � presidente, que vive h� meses em um verdadeiro "inferno astral" e que terminou a semana dando declara��o � imprensa avisando que n�o renuncia ao mandato. O momento � considerado decisivo e delicado para todos e h� uma grande preocupa��o com a possibilidade de confrontos, caso haja enfrentamento de grupos a favor e contra o ex-presidente Lula. A �ltima coisa que o Pal�cio do Planalto deseja � que ocorram enfrentamentos graves, com viol�ncia, e v�timas fatais.
As �ltimas informa��es que chegaram ao governo, ainda provenientes do acompanhamento das redes sociais, mostram que a presen�a nas ruas, no domingo, ter� p�blico expressivo, semelhante ao de mar�o do ano passado.
Desde segunda-feira, a presidente Dilma tem comandando reuni�es e, tamb�m no in�cio da semana, apelou ao seu partido, o PT, e aos movimentos sociais, por meio dos seus ministros, para que cancelem os eventos marcados para o pr�ximo domingo, pelo menos nas cidades onde j� existem manifesta��es agendadas contra o governo - o objetivo � evitar, justamente, viol�ncia e graves confrontos.
Ontem, em entrevista � imprensa, Dilma voltou a pedir que n�o haja excessos por nenhum dos lados e disse que n�o acredita em enfrentamento. "Fa�o um grande apelo �s pessoas para que sejam capazes de manifestar de forma pac�fica. A manifesta��o � um momento importante no Pa�s, de afirma��o democr�tica. Por isso, n�o deve ser manchada por nenhum ato de viol�ncia. Isso � at� uma quest�o que eu pe�o, como presidenta da Rep�blica. A gente tem que manter aquelas que s�o vit�rias da democracia brasileira, e sem d�vida, uma das vit�rias da democracia brasileira � o direito de livre manifesta��o. Ent�o, n�o cabe, de jeito nenhum, a gente perder esse patrim�nio", declarou.
Apesar da preocupa��o com seus impactos, o governo est� tentando encarar os protestos de amanh� com naturalidade. Uma sala de acompanhamento foi montada no Minist�rio da Justi�a, como acontece em todas as situa��es como esta. A presidente Dilma estar� no Pal�cio da Alvorada, sem agenda oficial. No final do dia, a exemplo do que aconteceu em outras ocasi�es semelhantes, a presidente dever� se reunir com os ministros da Casa Civil e da Secretaria de Governo para avaliar o quadro.
O ministro da Defesa, Aldo Arantes, tamb�m estar� a postos, em Bras�lia, assim como os comandantes das tr�s For�as. Os militares, no entanto, n�o estar�o de prontid�o ou sobreaviso por conta dos protestos. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.