Nova York - O protesto contra o governo de Dilma Rousseff reuniu cerca de 250 pessoas em Nova York. Por duas horas, os brasileiros presentes na Times Square, principal ponto tur�stico da cidade, pediram a sa�da de Dilma, a pris�o do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, defenderam a Opera��o Lava Jato e elogiaram o juiz S�rgio Moro.
A manifesta��o em Nova York chegou a ter um princ�pio de confus�o, quando um homem come�ou a defender a perman�ncia de Dilma no cargo, foi vaiado e acabou sendo retirado pela pol�cia.
Em Londres, cerca de 50 pessoas protestaram em frente � Embaixada do Brasil no centro da capital brit�nica. Com gritos de "Lula na cadeia" e "Fora Dilma", o grupo segurava cartazes contra o governo, o PT e a favor do juiz S�rgio Moro.
Corrup��o
Mariza Palma Gomes, contadora de S�o Paulo que mora h� 15 anos em Londres, liderava os gritos. "O Brasil est� cansado de tanta corrup��o. Claro que apoio o impeachment, mas n�o sei o que vir� depois."
Na Argentina, os manifestantes tentaram ontem rimar, depois de cantar o Hino Nacional, a express�o "nossa bandeira nunca ser� vermelha".
Os cartazes pediam a sa�da da presidente, a pris�o do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e exaltavam a Pol�cia Federal. Nomes de presos na Lava Jato foram escritos em folhas e colocados no ch�o, lado a lado.
A brasiliense Simone Bispo, estudante de medicina, levava um cartaz com agradecimentos em espanhol ao juiz federal S�rgio Moro. Ela justificou o texto na l�ngua local: "Aqui na Argentina ainda se exalta Lula. Vim estudar medicina aqui porque n�o tive oportunidade no Brasil. E n�o tem essa de ser protesto de elite branca. Eu sou pobre", argumentou a estudante de 32 anos, que vive h� cinco na Argentina.
Como outros estudantes que recebem ajuda em reais do Brasil, ela tem sido beneficiada pela tend�ncia de queda do valor do d�lar, associada pelo mercado � perspectiva de uma mudan�a do governo.
A reuni�o de 70 manifestantes contrastou com um ato semelhante contra o governo brasileiro no Obelisco pela presen�a de uma s� ativista h� alguns meses. Com colabora��o de Fernando Nakagawa e Rodrigo Cavalheiro.