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Estado de Minas

Impeachment e a caneta oficial


postado em 15/03/2016 12:00 / atualizado em 15/03/2016 14:42

(foto: Arte/Soraia Piva)
(foto: Arte/Soraia Piva)

“Vov� atenta ao di�logo que est� conduzindo o processo.” A frase da presidente Dilma Rousseff (PT), praticamente um vatic�nio, estava em outro contexto, mas coube como uma luva no fim do dia. Ela foi relatada pelo ent�o l�der do governo no Congresso, Jos� Pimentel (PT-CE), porta-voz do encontro que Dilma teve com um grupo de ministros mais pr�ximos para avaliar a manifesta��o de domingo em favor do impeachment. No fim do dia, com a transfer�ncia do processo penal do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT), que passou para o juiz federal S�rgio Moro, presidente das a��es da Opera��o Lava-Jato, vov� Dilma conduziu, atenta aos fatos, o processo de nomear Lula ministro de Governo, no lugar de Ricardo Berzoini. E garantir a ele foro privilegiado. O martelo deve ser batido a qualquer momento.

E enquanto a vov� atenta demonstra tranquilidade, o vov� Luiz In�cio Lula da Silva (PT) agiu exatamente ao contr�rio. E usou express�es que n�o podem sequer ser lidas nas salas de aula dos alunos dos primeiros anos. Apenas alguns pequenos exemplos: “sacanagem hom�rica”, “vou ser candidato � Presid�ncia em 2018 porque acho que muita gente que fez desaforo pra mim vai aguentar desaforo”. Lula ainda faz quest�o de provocar e amea�ar: “V�o ter que ter coragem de me tornar ineleg�vel”.

As manifesta��es nas ruas tamb�m merecem aten��o. E em parte tem raz�o o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, que atribuiu boa parte dos problemas e os protestos � crise econ�mica. De fato, mesmo pol�ticos da oposi��o n�o foram t�o bem recebidos assim nas manifesta��es. Sequer tiveram chance de discursar.

Antes mesmo de o ministro Lula assumir, a oposi��o j� havia decidido focar o impeachment, seguindo o rito do Supremo Tribunal Federal (STF). O risco � o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) n�o julgar, no primeiro semestre, as a��es de abuso de poder pol�tico e econ�mico. A instru��o � demorada e o tribunal pode adiar o julgamento at� que o presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), seja condenado e, com isso, n�o possa presidir o pa�s at� nova elei��o.

Em n�meros
Ecos do levantamento do Instituto Paran� Pesquisa: Qual o principal motivo para o sr(a) ter vindo a esta manifesta��o? Contra a corrup��o, 38,7%. Impeachment da Presidente Dilma, 23,5%. Contra os pol�ticos em geral, 10,9%. Contra o PT, 7,7%. Mais um dado: A Presidente Dilma conseguir� chegar ao final do seu mandato, ser� afastada do cargo de presidente pelo Congresso Nacional ou ser� afastada pelo TSE? Ir� conseguir chegar ao final do mandato, 19,7%. Ser� afastada do cargo de presidente pelo Congresso Nacional, 45,2%. Ser� afastada do cargo de presidente pelo TSE, 28,8%. N�o sabe/n�o respondeu, 6,2%.

Promessa � d�vida?
Est� pautado para hoje na C�mara dos Deputados o projeto que troca a taxa Selic Composta para a Selic Simples nas d�vidas dos estados com a Uni�o. Se o plen�rio vai conseguir votar, bem, esta � outra hist�ria. O compromisso dos l�deres ligados ao Pal�cio do Planalto – eles fazem quest�o de ressaltar – � p�r em vota��o. O que n�o significa aprovar. E h� risco de ele ser tirado de pauta, caso seja este o progn�stico. Afinal, a diferen�a de um �ndice para outro � de 77% para 7%. Minas Gerais adoraria que passasse.

Mais n�meros
Outros detalhes da pesquisa do Instituto Paran�: O ex-Presidente Lula acabar� sendo preso nas investiga��es que est�o ocorrendo contra ele? N�o, 29,4%. Sim, 52,7%. Talvez, 15,9%. N�o sabe/n�o respondeu, 2,0%. E n�o poderia ficar de fora: Em sua opini�o, a atua��o do Juiz S�rgio Moro, que preside a��es da Opera��o Lava-Jato est� sendo: muito coerente, coerente, incoerente ou muito incoerente? Muito coerente, 55,6%. Coerente, 35%. Incoerente, 4,8%. Muito incoerente, 2,8%e n�o sabe, 1,8%.

Osso duro
Haver� uma disputa interna das boas para o comando da Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ), a mais importante da C�mara dos Deputados. De um lado, Rodrigo Pacheco (foto) (PMDB-MG), que � do ramo. Foi Conselheiro Federal, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e tem a simpatia tanto do senador A�cio Neves (PSDB-MG), quanto do governador Fernando Pimentel (PT). O advers�rio � osso duro de roer, o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), apadrinhado pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Me d� um dinheiro a�
Quem esteve passando a sacolinha ontem em Bras�lia foi o secret�rio de Estado de Transportes e Obras P�blicas, Murilo Valadares. Mais uma vez foi tentar a libera��o de R$ 1,2 bilh�o de um contrato de financiamento do Banco do Brasil e atravessou diversos governos. A gest�o anterior conseguiu liberar alguma coisa. O valor seria suficiente para todo o investimento que o estado teria para fazer. Valadares aproveitou a viagem e tinha encontro marcado com Maur�cio Diniz, coordenador do Programa de Acelera��o do Crescimento (PSC).

Pingafogo

Mais pesquisa: O sr(a) defenderia a volta da ditadura militar no pa�s? N�o, 83,4%. Sim, 16,6%. O sr(a) defenderia uma interven��o militar provis�ria no pa�s? N�o, 67,6%. Sim, 32,4%.

O ministro Jaques Wagner garante que a base governista da presidente Dilma Rousseff (PT) tem maioria para barrar o processo de impeachment. Ser� que ele tem bola de cristal? J� combinou com o PMDB? Todo cuidado � pouco...

O Brasil age mesmo ao sabor do vento. S� os rumores que o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) pudesse assumir um minist�rio fez a Bolsa de Valores cair  e o d�lar subir.

O projeto de lei apresentado por diversos senadores, s� para se ter uma ideia de que � quase uma unanimidade, prev� que o compositor portoalegrense Lupic�nio Rodrigues (foto) seja o patrono da m�sica popular brasileira (MPB).

� homenagem mais que merecida. Mais que um grande compositor, Lupic�nio Rodrigues foi um �cone para in�meros cantores da m�sica brasileira e suas letras foram cantadas por importantes nomes da MPB.

O vice-l�der do PT Wadih Damous (RJ), primeiro, foi sincero. Afirmou que o governo reconhece a expressividade do ato contra a presidente Dilma Rousseff (PT). Mas, depois, n�o perdeu a caminhada. Fez quest�o de ressaltar que considera impeachment um golpe.


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