Bras�lia - O senador Delc�dio Amaral (PT-MS) detalhou em dela��o premiada homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que uma das maiores opera��es de "caixa 2" da campanha eleitoral da presidente Dilma Rousseff em 2010 ocorreu por meio do empres�rio Adir Assad. O executivo foi condenado por lavagem de dinheiro e associa��o criminosa em obras da Petrobras em setembro do ano passado e cumpre pris�o domiciliar.
De acordo com Delc�dio, o ent�o tesoureiro de campanha de Dilma e ex-secret�rio de Sa�de da Prefeitura de S�o Paulo, Jos� Filippi J�nior, orientava os empres�rios a fazerem contratos de servi�os com as empresas de Assad, que repassava os recursos para o Partido dos Trabalhadores. "Esse expediente foi largamente utilizado", afirmou o delator.
Para Delc�dio, o objetivo da CPI era desestabilizar o ex-senador e atual governador de Goi�s, Marconi Perillo (PSDB), por seu envolvimento com o contraventor Carlinhos Cachoeira. "A CPI dos Bingos foi fortemente e irresponsavelmente incentivada pelo ex-presidente Lula a despeito de todos os alertas que fiz a ele pr�prio", concluiu o delator.
Delc�dio deixou a pris�o em 19 de fevereiro, ap�s ter ficado quase tr�s meses na cadeia acusado de tentar obstruir as investiga��es da Opera��o Lava Jato. O ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, homologou nesta ter�a-feira, 15, a dela��o premiada do senador e abriu o sigilo dos autos.