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Estado de Minas

Ministro do STF diz estar 'perplexo' com atitude de Mercadante

Marco Aur�lio Mello, no entanto, preferiu n�o comentar sobre a possibilidade de pris�o do ministro da Educa��o. Disse que decis�o caber� ao relator do caso no Supremo, Teori Zavascki


postado em 15/03/2016 15:55 / atualizado em 15/03/2016 16:26

Marco Aurélio Mello diz que é hora de a Justiça atuar com
Marco Aur�lio Mello diz que � hora de a Justi�a atuar com "serenidade e temperan�a" (foto: Dorivan Marinho/SCO/STF)

Bras�lia
– O ministro Marco Aur�lio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse estar "perplexo" com a acusa��o de que o ministro da Educa��o, Aloizio Mercadante, teria tentado evitar que o senador Delc�dio Amaral (PT-MS) fechasse o acordo de dela��o premiada com a Procuradoria-Geral da Rep�blica.

"Estamos todos perplexos. Claro que se trata da palavra de um investigado, o valor � relativo, mas a dela��o revela ind�cios e esses ind�cios podem ter materialidade. Temos que aguardar", disse.

Questionado se o conte�do da dela��o, que mostra uma tentativa de interfer�ncia nas investiga��es da Opera��o Lava-Jato, seriam suficientes para mandar prender o ministro da Educa��o, Marco Aur�lio disse que essa era uma decis�o que caberia ao ministro Teori Zavascki, relator do caso no Supremo. "� hora de atuarmos com serenidade e temperan�a, apurando para que, selada a culpa, prender, para n�o inverter a ordem natural. A ningu�m interessa, a essa altura, incendiar o Brasil", disse.

Em sua dela��o, Delc�dio afirmou que Mercadante prometeu dinheiro e lobby junto a ministros do Supremo para que o senador deixasse a pris�o. A proposta foi feita a um assessor do senador, que gravou os encontros e entregou ao petista, que na �poca estava preso.

O principal motivo que levou o STF a mandar prender Delc�dio em novembro do ano passado foi justamente o fato de ele tentar interferir nos rumos da Lava-Jato. Na �poca, o filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerver�, Bernardo, apresentou uma grava��o na qual o parlamentar falava sobre um plano de fuga para seu pai e uma ajuda financeira que foi entendida como uma inten��o de Delc�dio em atrapalhar o acordo de dela��o premiada que Cerver� negociava com a Procuradoria-Geral da Rep�blica.

Lula


Marco Aur�lio tamb�m voltou a comentar a possibilidade de o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva assumir um minist�rio no governo da presidente Dilma Rousseff. O ministro disse que n�o via a atitude somente como uma maneira de obter foro privilegiado. "N�o vejo como uma fuga ao juiz S�rgio Moro. Ele n�o � �nico juiz do pa�s. Eu vejo o deslocamento como uma t�bua de salva��o para a presidente Dilma", disse.

Para ele, Lula tem uma "penetra��o maior" do que Dilma no Congresso, que "n�o tem penetra��o alguma". O ministro tamb�m afirmou que o ex-presidente s� aceitaria um cargo se fosse para realmente mudar os rumos do governo. "N�o creio que ele aceite se n�o for para dar a diretriz a ser seguida, principalmente no campo econ�mico e financeiro", disse.

Mais cedo, em entrevista � R�dio Estad�o, Marco Aur�lio havia afirmado que n�o era correta qualquer suposi��o de que a Corte seria "ben�vola" com Lula, caso venha a ser julgado pelo STF e n�o por Moro.


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