Dela��o de Delc�dio aponta que Lula tinha comando em todos os projetos do governo

S�o Paulo, 15 - O Anexo 21 da dela��o bomba de Delc�dio Amaral contradiz o ex-presidente Lula que tem reiterado que n�o tinha participa��o na indica��o dos diretores da Petrobras durante seu governo (2003/2010).

Resumo dessa parte do relato do senador, segundo anota��o da Procuradoria-Geral da Rep�blica, diz que "ao contr�rio do que Lula sempre diz, Delc�dio afirma que o ex-presidente teve participa��o em todas as decis�es relativas �s diretorias das grandes empresas estatais, especialmente a Petrobras. A indica��o do Nestor Cerver� para a �rea Internacional foi discutida com Lula e a bancada do PT/MS (Zeca do PT e Delc�dio do Amaral) no Pal�cio do Planalto no in�cio de 2003."

Segundo Delc�dio, "Lula conhecia os projetos estrat�gicos do Pa�s, tendo 'followup' permanente dos seus andamentos e das principais empresas contratadas. Lula sempre dialogou com todos os setores empresariais, tendo, com alguns deles, bastante intimidade, especialmente os donos das principais empresas de engenharia do Brasil. Ao mesmo tempo, Lula foi sempre muito pr�ximo aos principais tesoureiros do PT e de alguns partidos aliados. No governo de Lula, os empres�rios tiveram um momento favor�vel para os seus neg�cios, 'nunca antes visto na Hist�ria desse Pa�s', especialmente, como no segundo mandato do governo Lula."

O senador � taxativo. "Lula, com o advento da Opera��o Lava Jato, continuou a adotar o mesmo comportamento evasivo visto durante a crise do Mensal�o."

Em outro trecho do Anexo 21, Delc�dio afirma que "Lula se salvou de um impeachment com a exclus�o do seu nome e do seu filho F�bio Luiz Lula da Silva na madrugada do dia 5 de abril de 2006 do Relat�rio Final da CPMI dos Correios, que foi aprovado em vota��o pol�mica e duvidosa naquele mesmo dia. Com seu jeito envolvente e simples de fazer pol�tica, aberto a todo tipo de conversas com sua base parlamentar, Lula consolida seus apoios, aprofunda, principalmente, investimentos no social e acaba se reelegendo em 2006 com o apoio da base de sustenta��o constru�da no Congresso p�s-Mensal�o, principalmente, em raz�o da parceria com o PMDB."

O ex-l�der do Governo no Senado, preso no dia 25 de novembro de 2015 sob acusa��o de tramar contra a Opera��o Lava Jato, aponta para o que chama de �algumas caracter�sticas muito pr�prias da personalidade� de Lula.

"Conviveu com Lula durante a crise (do Mensal�o) e, posteriormente, apenas no final do seu segundo mandato e nos dois mandatos da presidente Dilma. P�de observar algumas caracter�sticas muito pr�prias da personalidade do ex-presidente. Ao longo da crise pol�tica, Lula abandonou todos aqueles que o ajudaram na constru��o do projeto que o levou � Presid�ncia da Rep�blica (Jos� Dirceu, Luiz Gushiken, Jos� Genoino, Del�bio Soares, Silvio Jos� Pereira, etc).

Durante a crise do Mensal�o, Lula nunca sabia de nada, evitava assumir qualquer responsabilidade sobre a crise buscando sempre justificativas, ou na oposi��o ou, eventualmente, nos �companheiros� mais fragilizados."