Bras�lia - O ministro da Defesa, Aldo Rebelo, fez um discurso inflamado em defesa da uni�o do Pa�s em meio a crise pol�tica e econ�mica. Durante evento de lan�amento da Agenda Institucional do Cooperativismo, ele disse a uma plateia formada majoritariamente por pol�ticos de oposi��o ao governo que "n�o se pode dividir o Pa�s entre esquerda e direita".
"Em nenhum momento desses (outras crises) do passado se criou um abismo entre os brasileiros", afirmou o ministro nesta quarta-feira, 16. Ele tamb�m fez cr�ticas ao Judici�rio. "Se a pol�tica tem defeitos, se ela sofre processo de degrada��o, precisa ser corrigida e n�o substitu�da por aqueles que pensam que podem substituir a pol�tica pela toga", disse.
Aos parlamentares no evento, ele afirmou que faz a leitura do Brasil pelo que deu errado e rebateu cr�ticas de deputados ao afirmar que o Pa�s "n�o � um fracasso civilizat�rio, onde tudo � corrupto". Ele, inclusive, listou o que considera os pontos fortes do Pa�s: "Somos a s�tima economia do mundo, os primeiros em agricultura e pecu�ria, temos uma ind�stria aeron�utica das mais modernas", relatou.
Ele afirmou, em v�rios trechos de seu discurso, que os interesses que orientam o Pa�s n�o podem ser divididos pelas "querelas" das disputas partid�rias e ideol�gicas.
"N�o divida o Pa�s entre esquerda e direita que o interesse nacional desaparece. No C�digo Florestal dividimos o Pa�s entre os interesses nacionais e os n�o nacionais. Dividir o Pa�s entre pr�-isso e pr�-aquilo s� levanta poeira", argumentou.
Rebelo comentou que seu discurso n�o tentava minimizar os interesses partid�rios e pol�ticos e que ele os considera como necess�rios e leg�timos. O ministro ainda fez um alerta sobre as alian�as pol�ticas que possam ser formadas em fun��o da crise. "As composi��es de hoje se tornam recomposi��es amanh� e o que � permanente � o interesse nacional. Por isso, fa�o um apelo � serenidade", argumentou.
"Os governos at� mudam, mas as acusa��es permanecem alterando apenas quem as faz e aqueles que delas se defendem. � preciso ter tranquilidade. Cada um deve cumprir seu papel", disse.
Rebelo defendeu que em um Pa�s democr�tico n�o se pode viver sem situa��o e oposi��o e classificou a oposi��o como leg�tima. "S� n�o se pode superar o interesse nacional, esse n�o � passageiro, � permanente", ressaltou.