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Estado de Minas

'Situa��o � desesperadora, mas pa�s ainda n�o perdeu bonde da hist�ria', diz FHC


postado em 16/03/2016 12:55 / atualizado em 16/03/2016 13:39

S�o Paulo - O Brasil enfrenta uma situa��o financeira desesperadora diante das dificuldades econ�micas, mas ainda n�o perdeu o bonde da hist�ria e tem a chance de se "reengatar" com as grandes decis�es estrat�gicas globais, disse o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O Pa�s atravessa, segundo ele, um momento em que est� sem cr�dito e sem confian�a.

"Vai chegar o momento em que temos de fazer um acordo, mas n�o cambalacho, � um acordo social. Os economistas est�o convergindo para cinco pontos centrais, mas o mesmo n�o ocorreu na �rea pol�tica", afirmou ele nesta quarta-feira, 16, durante evento, em S�o Paulo.

De acordo com o ex-presidente, muitos questionam as propostas que est�o sendo discutidas, como o semiparlamentarismo. "Mas com este Congresso?", indagou.

Ao falar da crise que o Pa�s atravessa, principalmente nos campos pol�tico e �tico, FHC disse que houve deteriora��o dos instrumentos de governabilidade. "Nosso sistema � presidencialista e o partido que governa n�o tem mais do que 20% (de apoio no Congresso), por isso precisa fazer coaliz�o", lembrou.

O tucano questionou ainda a maneira como a maioria (no Congresso) � aglutinada. E citou que Lula, ao fazer alian�a com os pequenos partidos, em vez dos grandes, abriu espa�o para o esc�ndalo do mensal�o. Para ele, � imposs�vel governar assim, n�o s� para a atual presidente (Dilma Rousseff), pois o Congresso est� fragmentado.

"Vivemos um problema de situa��o econ�mica complicada, situa��o pol�tica dif�cil, crise moral, com dela��es de desvios de conduta. � uma organiza��o como sistema, para obter vantagens para partidos. E a isso se soma � crise de lideran�a", destacou FHC.

Ele criticou as pedaladas fiscais do governo e disse que o Tesouro, na pr�tica, quebrou, com aumento da d�vida p�blica que caminha para chegar a 80% do Produto Interno Bruto (PIB).

"Este Pa�s tem potencial imenso, mas tem equ�vocos fundamentais embora tenha vantagem comparativa como terra e gente. A produtividade do setor agr�cola cresceu, mas o Brasil tem problemas de infraestrutura. Dinheiro tem no mundo, s� n�o vem porque falta confian�a", destacou o ex-presidente.

FHC tamb�m criticou a aposta do governo atual em petr�leo. Na vis�o dele, a Petrobras ter� de ser capitalizada a qualquer momento como consequ�ncia de terem escolhido o caminho errado - que foi, segundo ele, fechar o pr�-sal ao inv�s de implantarem regras mais restritas.

No in�cio de sua palestra, ele reconheceu que o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva avan�ou bastante na mobilidade social. E disse que isso foi gra�as ao per�odo favor�vel que o mundo viveu at� meados de 2008.

A partir da�, conforme ele, houve crise financeira grave, semelhante � crise de 29. Segundo FHC, o Brasil fez o contr�rio dos EUA, porque entendeu o cen�rio de maneira equivocada e usou a pol�tica de credito p�blico e inventivo ao consumo, achando que tinha achado uma f�rmula m�gica - e n�o priorizou os investimentos.

O ex-presidente criticou ainda a transfer�ncia de recursos p�blicos para empresas, via BNDES, com taxas abaixo de valor de mercado.

Na avalia��o de FHC, o Pa�s vive hoje os desdobramentos do processo da redemocratiza��o. Segundo ele, acreditava-se que Brasil tinha descoberto um roteiro novo, quando a Constitui��o queria assegurar ampla maioria democr�tica e transformar a sociedade brasileira em uma sociedade com foco em educa��o e outras �reas de bem estar social.

"Foi um momento de certa euforia, mas havia um momento econ�mico complicado", lembrou ele, mencionando que a vis�o de mundo na �poca ainda era fechada.


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