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Estado de Minas

No Senado, Caiado anuncia "fim do governo"


postado em 16/03/2016 21:42 / atualizado em 16/03/2016 21:56

Ronaldo Caiado e Renan Calheiros nos bastidores do Senado federal(foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
Ronaldo Caiado e Renan Calheiros nos bastidores do Senado federal (foto: Valter Campanato/Ag�ncia Brasil)
O Senado votava uma proposta de emenda � Constitui��o (PEC) no in�cio da noite desta quarta-feira quando o l�der do DEM, Ronaldo Caiado (GO), foi ao microfone para anunciar ao plen�rio aquilo que chamou de “fim do governo”. Segundo o senador, naquele momento, as emissoras de televis�o noticiavam e divulgavam o �udio de uma conversa em que a presidenta Dilma Rousseff comunicava ao ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva que enviaria o termo de posse na chefia da Casa Civil para ele assinar e ser usado “em caso de necessidade”.

O assunto provocou rea��es acaloradas entre governistas e oposicionistas e acabou levando ao encerramento prematuro da sess�o.

“A presidente da Rep�blica quebra 100% a liturgia do exerc�cio da presid�ncia, quebra o decoro, quebra a condi��o de presidir o pa�s no momento em que utiliza um termo de posse para tentar dificultar o acesso da Justi�a ao ex-presidente Lula. Isto feito pelo mandat�rio de um pa�s � in�dito e exige que esta Casa pe�a � presidente Dilma que renuncie ao mandato”, afirmou Caiado.

O l�der da minoria na Casa, Agripino Maia (DEM-RN), ressaltou a gravidade do di�logo e disse que 'n�o d� mais para esperar acontecer coisa mais grave do que aconteceu".

"Um grampo foi revelado e aqui vai-se discutir agora a legalidade ou ilegalidade do grampo. Temos que discutir, � evidente que temos. Agora, n�o tenho mais nenhuma d�vida, depois do di�logo entre a Presidente e o ex-presidente, de que a nomea��o ocorreu para obstru��o da Justi�a, ocorreu para blindar Lula de uma eventual pris�o”, afirmou.

Imediatamente, senadores governistas intervieram a favor da presidenta e do ex-presidente Lula e criticaram o juiz S�rgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, respons�vel pelos inqu�ritos da Opera��o Lava Jato em primeira inst�ncia.

“O juiz S�rgio Moro quebrou o sigilo das intercepta��es telef�nicas do ex-presidente Lula – quebrou! E sabia ele que havia uma conversa com a presidente da Rep�blica, cujo f�rum � o Supremo Tribunal Federal. Mas n�o, ele quebrou. E entregou a quem? Entregou � Rede Globo de televis�o, entregou � Globo News”, afirmou a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). “N�s estamos diante de um fato grave. Eu nunca vi tanta desobedi�ncia, tanto desrespeito � Constitui��o do nosso pa�s”, completou.
Primeira reuni�o da CPI da Petrobras no Senado. Na foto, o senador Jos� Pimentel, relator da comiss�o (Valter Campanato/Ag�ncia Brasil)

O l�der do governo no Congresso, senador Jos� Pimentel (PT-CE), tamb�m ressaltou o foro privilegiado da presidenta e criticou os parlamentares, “que antes eram democratas” e agora apoiam o que ele chamou de “um juiz ditador”. “Hoje, por achar que � preciso fazer uma atalho para chegar � Presid�ncia da Rep�blica, resolvem apoiar um ditador que n�o respeita a legisla��o brasileira que � o juiz federal S�rgio Moro.”

"JUIZINHO" “No Brasil, n�o, um juizinho de primeira inst�ncia acha que � o dono da verdade e resolve pegar uma grava��o em que n�o competia mais a ele o processo – porque a lei � direta, � expl�cita, n�o deixa d�vida sobre isso – e resolve mandar para uma empresa, que � a Rede Globo, cuja postura n�s sabemos qual �”, continuou Pimentel.

Em seguida, Pimentel pediu ao presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), que encerrasse a sess�o e promovesse uma reuni�o do col�gio de l�deres para que eles discutissem "sa�das para este momento grave da nossa democracia, do nosso Estado Democr�tico de Direito”.

Renan, ent�o, concluiu a vota��o da PEC em primeiro turno, que estava em andamento, e comunicou que “n�o havia clima para votar em segundo turno”. Em seguida, convocou uma nova sess�o para amanh� (17), �s 11h. Ao deixar o plen�rio, Renan disse que n�o tinha conhecimento dos fatos relatados e preferiu n�o comentar a conversa entre a presidenta e o ex-presidente.


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