Bras�lia, 17 - Pouco ap�s a posse do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva como ministro da Casa Civil, o l�der do PT no Senado, Paulo Rocha (PA), acusou o presidente do PSDB, senador A�cio Neves (MG), de ter liderado o "processo de polariza��o" no Pa�s. A troca de acusa��es entre governistas e oposicionistas elevou a tens�o no plen�rio, que quase desembocou em uma briga f�sica.
Em dura fala, Rocha disse que o ex-presidente n�o � "bandido" nem "salafr�rio", mas sim uma lideran�a pol�tica brasileira que lutou pela democracia e foi presa durante a ditadura militar.
O l�der do PT criticou A�cio, presente em plen�rio, de ter comandado o movimento que tensiona o Pa�s e ainda ironizou o que chamou de "efeito bumerangue" das dela��es: quando � contra o governo, ela � v�lida, mas � desqualificada se envolve a oposi��o, como foi o caso de uma men��o ao senador do PSDB.
A�cio afirmou que a oposi��o n�o tem a "for�a" de acirrar os �nimos no Pa�s. Ele justificou que os motivos para esse acirramento foram a sucess�o de den�ncias de corrup��o e as medidas equivocadas na economia que levaram o Brasil � recess�o. O tucano criticou ainda o "ataque �s institui��es e a demoniza��o da imprensa" promovida pelo governo.
A tens�o aumentou no plen�rio e Rocha, com dedo em riste apontando para os senadores, foi cobrado pelo senador do PSDB Ata�des Oliveira (TO) por falar de costas para a Mesa Diretora, fato que � proibido pelo regimento interno da Casa.
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) interveio fora do microfone e cobrou ao tucano que ficasse "quieto". Oliveira respondeu: "Voc� � moleque". Lindbergh disse que n�o leva "a s�rio" o senador tucano e, diante do bate-boca, um grupo de parlamentares se colocou fisicamente entre ambos para que n�o houvesse um confronto.