S�o Paulo, 17 - Enquanto centenas de pessoas protestam na Avenida Paulista nesta quinta-feira, 17, contra o governo de Dilma Rousseff, em frente ao pr�dio da Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp), cerca de 300 l�deres de associa��es empresariais se reuniram no pr�dio da entidade e decidiram iniciar uma press�o conjunta para que os deputados e senadores priorizem o impeachment da presidente.
Ap�s a reuni�o, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, afirmou que a entidade mudou o seu discurso. At� ontem, a Fiesp exigia a ren�ncia de Dilma Rousseff. "Mas como a presidente n�o renunciou nem sinalizou que vai renunciar, n�s estamos defendendo o impeachment j�", disse.
A pedido do presidente da Associa��o Comercial de S�o Paulo (ACSP), Alencar Burti, os empres�rios presentes gritaram tr�s vezes "impeachment j�". Depois, cantaram o hino nacional. Alguns deles seguravam uma miniatura do Pixuleco, boneco do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva vestido como presidi�rio.
Em entrevista a jornalistas, Skaf disse que, como resultado da press�o que ser� feita ao Congresso, o processo de impeachment dever� ser aberto em 35 dias. "Todos n�s vamos nos concentrar em conscientizar os parlamentares de que o Pa�s quer o impeachment. Um deputado deve representar o povo e eu creio que qualquer parlamentar de bem, pensando no povo, vai fazer isso o mais rapidamente poss�vel, para dar uma oxigena��o e um plano para o Pa�s sair de um ciclo vicioso", disse.
Segundo o presidente da Fiesp, a indica��o do ex-presidente Lula para o cargo de ministro-chefe da Casa Civil foi um "golpe". Ele afirmou ainda que a presidente tem trabalhado apenas para se manter no poder, em vez de governar para tirar o Pa�s da crise econ�mica.
"Uma vez aprovado o impeachment, somos a favor do ajuste fiscal, mas com corte de despesas, n�o com aumento de impostos", reiterou Skaf. A reuni�o come�ou �s 15h e durou cerca de 2 horas e meia. O encontro foi convocado ontem, logo ap�s a indica��o de Lula para a Casa Civil. O objetivo era discutir o agravamento da crise pol�tica e econ�mica. A reuni�o foi transmitida online para as federa��es da ind�stria dos Estados da Bahia, Rio de Janeiro, Esp�rito Santo, Goi�s, Par� e Paran�.