� necess�rio combater corrup��o sem comprometer a democracia, diz Dilma

S�o Paulo - A presidente da Rep�blica, Dilma Rousseff, criticou nesta sexta-feira, 18, qualquer movimento no sentido de politiza��o de institui��es do Judici�rio e da pol�cia e disse que � "poss�vel e absolutamente necess�rio" combater a corrup��o sem comprometer a democracia. "Sou a favor do combate � corrup��o e de maus feitos. Sou a favor de que corruptos que cometeram crimes v�o para a cadeia. S� n�o sou a favor que algu�m justifique que combate � corrup��o abale a democracia", afirmou, durante evento de entrega de resid�ncias do programa Minha Casa, Minha Vida, em Feira de Santana (BA).

Dilma destacou que, nas �ltimas d�cadas, o Brasil passou por um longo processo de mudan�as, com desenvolvimento social e pol�tico. "Nos anos 1920, a pol�cia agia pelos interesses dos coron�is, os ju�zes para seguir os interesses das grandes fortunas, mas hoje o Brasil tem institui��es no Judici�rio e na pol�cia que s�o apol�ticos", disse, acrescentando ser importante que o Pa�s n�o "volte atr�s na hist�ria".

Na avalia��o da presidente Dilma nem a Justi�a nem a pol�cia podem ser politizadas. "Ningu�m pode defender pol�cia favor�vel ou contr�ria a algu�m por raz�es pol�ticas", disse.

Em seu discurso, a presidente da Rep�blica ressaltou que seu governo garantiu "a autonomia para a Pol�cia Federal investigar quem quer que fosse" e reafirmou o respeito ao Minist�rio P�blico e ao Judici�rio. Antes, por�m, Dilma criticou duramente a intercepta��o de sua conversa telef�nica com o ex-presidente Lula e rebateu uma refer�ncia feita pelo juiz S�rgio Moro ao esc�ndalo de Watergate, no Estados Unidos, que culminou com a ren�ncia do ent�o presidente Richard Nixon, em 1974.

Convite a Lula

Dilma rebateu as cr�ticas em rela��o ao convite do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva para assumir a Casa Civil. Segundo ela, o convite a Lula foi para ajudar o Pa�s e o governo. "Em momentos de crise, voc�s pedem ajuda a um parente. Eu o chamei para ajudar o povo brasileiro, pra gente voltar a crescer e gerar emprego. Ele est� disposto a nos ajudar e a garantir que o Pa�s volte a crescer, apesar desse pessoal que torce contra. Muitos n�o querem que ele trabalhe para ajudar governo", disse.

Minha Casa Minha Vida

A despeito do momento complicado na economia, o programa vai continuar, e ainda ser�o entregues mais 1,5 milh�o de casas at� o fim do pr�ximo ano, disse a presidente. "Falem para os amigos e conhecidos de voc�s que ainda n�o tiveram acesso que vamos lan�ar mais 2 milh�es de moradias que ser�o selecionadas e distribu�das para aquelas pessoas que mais precisam at� o fim do m�s. Isso � fruto de uma decis�o do governo federal: a decis�o � usar o dinheiro dos impostos para garantir que mais fam�lias tenham acesso ao Minha Casa, Minha Vida", afirmou.

Dilma tamb�m rebateu a vis�o daqueles que s�o contr�rios ao Minha Casa Minha Vida, que avaliam que o benef�cio tem de acabar, dizendo "corta, corta e corta".

Segundo a presidente, o programa n�o s� n�o vai deixar de existir como o governo quer ampli�-lo. O p�blico presente � cerim�nia reagiu com aplausos e gritos de "Dilma, Dilma...Dilma guerreira, do povo brasileiro. N�o vai ter golpe!"

A presidente disse ainda que, al�m de se "esfor�ar" para manter o programa, est� atenta ao comportamento da infla��o. "Esses programas ser�o mantidos, mas n�s tamb�m temos de combater a infla��o, pois isso prejudica o bolso de voc�s. Agora, n�s estamos dando os primeiros passos para controlar a infla��o. A infla��o nesse Pa�s vai cair", avaliou. Ela fez ainda uma breve defesa do ajuste fiscal, ao afirmar que, como "qualquer fam�lia", � preciso melhorar o pr�prio or�amento para fazer mais coisas para todos.

Dilma participou de cerim�nia de entrega de unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida, em Feira de Santana (BA). A entrega de unidades aconteceu de forma simult�nea em outras cinco cidades: Teresina (PI), Itabuna (BA), Ananindeua (PA), Itapeva (SP) e Suzano (SP). Os empreendimentos s�o destinados a fam�lias com renda de at� R$ 1,6 mil (Faixa 1). O total de casas entregues foi de 5.684.

Ela estava acompanhada do chefe de gabinete, Jaques Wagner, do governador da Bahia, Rui Costa, do prefeito de Feira de Santana, Jos� Ronaldo de Carvalho, do ministro Gilberto Kassab, al�m do governador do Piau�, Wellington Dias (PT), dentre outros. A presidente deve retornar para Bras�lia ainda nesta sexta, �s 13 horas, segundo a agenda oficial.