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Estado de Minas

Vivo suspendeu grampos de Lula no dia em que a PF o levou para depor

O juiz S�rgio Moro determinou que a operadora reinstalasse as escutas sob pena de multa pessoal de R$ 100 mil para 'o respons�vel pela operadora' e at� pris�o por obstru��o � Justi�a.


postado em 18/03/2016 18:55 / atualizado em 18/03/2016 19:14

 A operadora de telefonia Vivo suspendeu 'inexplicavelmente' a intercepta��o de pelo menos seis terminais alvos da Opera��o Aletheia, inclusive o n�mero usado pelo ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. A interrup��o ocorreu por volta de 22 horas do dia 3 de mar�o. �s 6 horas de 4 de mar�o, a Pol�cia Federal chegou � casa de Lula, em S�o Bernardo do Campo, e o conduziu coercitivamente para depor em uma sala do Aeroporto de Congonhas.

Informado pela PF sobre a suspens�o 'absolutamente inexplic�vel' do grampo, na manh� de 4 de mar�o, o juiz S�rgio Moro determinou que a operadora reinstalasse as escutas sob pena de multa pessoal de R$ 100 mil para 'o respons�vel pela operadora' e at� pris�o por obstru��o � Justi�a.

A interrup��o dos grampos foi descoberta pelo agente da PF William Coser Stoffels. "Tendo em vista o planejamento da deflagra��o da vig�sima quarta fase da Opera��o Lava Jato para as seis horas da manh� desta sexta-feira, 4 de mar�o de 2016, este subscritor acompanhava os alvos atrav�s de monitoramento telef�nico para tentar identificar qualquer movimenta��o fora do normal", informou o agente ao delegado Marcio Anselmo, da for�a-tarefa da Lava Jato.

Os n�meros da Vivo interceptados eram ligados � LILS Palestras e Eventos, do ex-presidente Lula, ao presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, � diretora da entidade, Clara Ant, ao pr�prio Instituto Lula, ao advogado Roberto Teixeira, compadre e defensor do petista, e ao investigado Paulo Andr�.

William Coser Stoffels afirmou. "Poucos minutos antes do hor�rio da deflagra��o (da Opera��o Aletheia), foi poss�vel identificar atrav�s do extrato em tempo real dos alvos disponibilizados pela operadora no sistema Vigia que os alvos estavam realizando chamadas, mas que os respectivos �udios n�o estavam sendo encaminhados para o sistema Guardi�o. A operadora foi imediatamente contatada, mas n�o identificou nenhum problema t�cnico, bem como o administrador do sistema Guardi�o local".

A Pol�cia Federal comunicou ao juiz federal S�rgio Moro �s 10h28 do dia 4, quando Lula j� estava depondo em Congonhas. A casa do petista, o s�tio em Atibaia, o tr�plex do Guaruj� e outros endere�os ligados a ele, como o Instituto Lula, foram alvos de buscas.

"Exmo Sr. Dr. Sergio Fernando Moro Informo a V. Excia. que a operadora Vivo, de maneira absolutamente inexplic�vel, suspendeu o desvio de todos os �udios interceptados para o sistema guardi�o, a partir das 22 horas da data de ontem", informou o delegado M�rcio Anselmo. "Vale destacar que, em contatos com outros Estados da Federa��o, a situa��o nos outros locais encontra-se na absoluta normalidade. Todos os contatos com o atendimento da Vivo deste as 5 horas da manh� tem sido infrut�feros e n�o retornaram qualquer resposta t�cnica."

Segundo o delegado, nos dias 3 e 4 existem "centenas de liga��es" efetuadas pelos investigados "sem que a operadora procedesse aos desvios". O delegado informa que o sistema Guardi�o, que faz os monitoramentos da PF, n�o estava com qualquer problema. "Inclusive �udios de outras operadores est�o sendo interceptados normalmente."

A PF pediu a Moro que determinasse "a solu��o imediata � Operadora Vivo, com fixa��o de multa de R$ 50 mil por minuto de descumprimento". "Destacando ainda a possibilidade de pris�o de todos os envolvidos, pelo descumprimento da ordem e que tal fato ser� investigado."

A Telef�nica Vivo informou que, devido a uma falha t�cnica, parte dos clientes dos servi�os de voz fixa e m�vel da empresa em Curitiba teve dificuldades para receber liga��es interurbanas, em per�odos dos dias 03 e 04 passados. O problema atingiu tamb�m a recep��o do �udio de linhas interceptadas pela operadora com base em pedido judicial. Assim que o problema foi sanado, as intercepta��es foram retomadas normalmente.

A companhia reitera que cumpre rigorosamente os pedidos judiciais relacionados aos seus servi�os e continua, como sempre esteve, � disposi��o das autoridades para quaisquer esclarecimentos.


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