
O ex- eleitor do PT come�ou a greve de fome na quinta-feira pela manh�, quando Lula tomou posse, mas a �ltima vez que ele havia se alimentado foi �s 22h30 de quarta. “N�o tomo caf� da manh�. Por isso n�o comi nada naquela quinta. Fui ao trabalho e resolvi pedir licen�a de um m�s. Na pr�pria quinta, viajei em meu carro para a capital federal. Estou ingerindo apenas �gua”, disse Lycari�o, que mora no Barro Preto, na Regi�o Centro-Sul da capital mineira.
O professor de ingl�s tamb�m � bacharel em direito. Formado numa das turmas de 2007 da PUC Minas, ele tem orgulho de ter sido aluno da ministra C�rmen L�cia, do STF: “Espero que a doutora vote contra a nomea��o do ex-presidente”, acredita. A reuni�o que dever� analisar o mandado de seguran�a concedido por Gilmar Mendes est� marcada para o dia 30, porque na semana que vem n�o haver� expediente na corte. “N�o consigo acreditar que o Lula ir� ocupar o Minist�rio. Aqui, na Pra�a dos Tr�s Poderes, h� muitos vendedores e at� morador de rua. A maioria � contr�rio ao ex-presidente ocupar o cargo”, afirmou o mineiro, que come�ou a sentir ontem os efeitos do protesto. “Estou sentindo dor de cabe�a, mas � normal”.
Para economizar energia, ele conta que procura prote��o de alguma sombra durante o dia. Ainda assim, n�o dispensou o protetor solar. “N�o posso ficar gritando em frente ao Pal�cio do Planalto. Tenho que preservar energia”, conta Luiz, que levou quatro mudas de roupa para a capital do pa�s. Ele d� publicidade ao seu protesto por meio do Facebook. O celular usado para acessar a m�dia social � carregado numa tomada do Memorial JK.
“Um problema de greve de fome � a necessidade em ser o mais p�blico poss�vel. Ou seja: nada de me retirar para algum local mais confort�vel, onde eu possa tomar banho, relaxar e dormir confortavelmente. Sem estar submetido ao escrut�nio de outros, podem me acusar sempre de estar quebrando meu compromisso. (…) Hoje, tomei banho de pia, usando uma camisa suja como bucha e toalha ao mesmo tempo”, escreveu o bacharel em sua p�gina.
