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Estado de Minas

Odebrecht pagou ao menos R$ 66 milh�es em propina, aponta Lava-Jato

O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima informou que n�o h� nomes de pol�ticos envolvidos diretamente, mas de "pessoas ligadas a esses pol�ticos'. Santos Lima disse tamb�m que quando o juiz S�rgio Moro quebrar o sigilo das informa��es, "tudo ser� mais claro


postado em 22/03/2016 11:06 / atualizado em 22/03/2016 11:40

Marcelo está preso em Curitiba, onde foi condenado a mais de 19 anos de prisão na Operação Lava-jato(foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo)
Marcelo est� preso em Curitiba, onde foi condenado a mais de 19 anos de pris�o na Opera��o Lava-jato (foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo)

A Pol�cia Federal (PF) e o Minist�rio P�blico Federal (MPF) detalharam em entrevista coletiva nesta ter�a-feira, em Curitiba, no Paran�, a 26ª fase da Opera��o Lava-Jato, batizada de Opera��o Xepa, deflagrada na manh� de hoje. O alvo nesta fase da Lava-Jato est� relacionado a investiga��es na maior empreiteira do pais, a Construtora Norberto Odebrecht, e envolve funcion�rios e o herdeiro e presidente da holding Marcelo Odebrecht, j� condenado pelo Juiz S�rgio Moro na Lava-Jato. N�o h� ainda o valor exato da corrup��o praticada pela construtora, conforme o MPF e a PF. A delegada Renata Rodrigues afirmou, no entanto, que as planilhas verificadas at� aqui envolvem somas de no m�nimo R$ 66 milh�es.

Procuradores e delegados disseram que nesta fase da Lava-Jato foi descoberto o que eles chamaram de "contabilidade paralela' na empresa para pagamento de propinas da Odebrecht entre 2014 e 2015 para envolvidos em diversas obras realizadas no pa�s. H� tamb�m ind�cios de pagamentos il�citos no exterior. O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima informou que n�o h� nomes de pol�ticos envolvidos diretamente, mas de "pessoas ligadas a esses pol�ticos'. Santos Lima disse tamb�m que quando o juiz S�rgio Moro quebrar o sigilo das informa��es, "tudo ser� mais claro".

De acordo com o MPF e a PF, os funcion�rios da Odebrecht se comunicavam com codinomes. O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima informou que a Odebrecht tinha um "setor pr�prio" para cuidar de pagamento de propinas. Segundo ele, havia um sistema informatizado para controle desses pagamentos.

O procurador Carlos Fernando adiantou, contudo, que as propinas foram pagas a diversos �rg�os pelo Brasil afora e no exterior. Ele cita um pagamento relacionado obras no est�dio do Corinthians durante as obras para a Copa do Mundo, em 2014. A delegada Renata Rodrigues que tamb�m detalhou o esquema de corrup��o  disse que uma das contas se chamava "Paulistinha", e outra, "Carioquinha". Segundo ela, o uso de codinomes j� � um ind�cio forte de que se tratavam de pagamentos il�citos.

Marcelo Odebrecht

O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima disse ainda que esta fase da Lava-Jato investiga fatos descobertos na 23ª fase da Opera��o Lava-Jato. De acordo com a PF e o MPF, nas investiga��es foram encontrados ind�cios da participa��o de Marcelo Odebrecht no esquema de corrup��o. Marcelo Odebrecht foi condenado no �ltimo dia 4 pelo juiz S�rgio Moro, da 13ª Vara Criminal de Curitiba, a 19 anos e 4 meses de pris�o por corrup��o, lavagem de dinheiro e associa��o criminosa na Opera��o Lava-Jato.

Segundo a PF e o MPF, informa��es do celular de Odebrecht s�o compat�veis com as encontradas nas tabelas investigadas. Marcelo teria conhecimento e comandava o pagamento de propina, segundo a procuradora Laura Tessler.

A delegada Renata Rodrigues afirmou tamb�m que Marcelo Odebrecht, presidente da holding, tinha envolvimento direto nos pagamentos paralelos. Ele era identificado nas planilhas pela sigla MBO (de Marcelo Bahia Odebrecht).

A procuradora Laura Gon�alves Tessler diz que, mesmo com sua pris�o, Marcelo Odebrecht continuava operando o pagamento de propina na empresa. Os investigados desta fase responder�o, entre outros, pelos crimes de corrup��o, evas�o de divisas, organiza��o criminosa e lavagem de ativos, segundo a PF.

26ª fase da Opera��o Lava Jato

A 26ª opera��o Lava-Jato foi deflagrada na manh� desta ter�a-feira envolvendo em torno de de 380 policiais cumprem 110 ordens judiciais nos estados de S�o Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia, Piau�, Distrito Federal, Minas Gerais e Pernambuco. Est�o sendo cumpridos 67 mandados de busca e apreens�o, 28 mandados de condu��o coercitiva, 11 mandados de pris�o tempor�ria e 4 mandados de pris�o preventiva.


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