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Estado de Minas

Oposi��o cobra apura��o sobre suposta compra de MPs por integrantes do governo


postado em 22/03/2016 23:37

Bras�lia, 22 - Deputados de oposi��o cobraram do procurador regional da Rep�blica, Frederico de Carvalho Paiva, respons�vel por coordenar a for�a-tarefa do Minist�rio P�blico Federal na Zelotes, maior avan�o nas investiga��es sobre compra de medidas provis�rias. A reivindica��o foi feita em audi�ncia p�blica, nesta ter�a-feira, 22, na CPI do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) na C�mara. O caso envolveria nomes do alto escal�o do governo Dilma.

O vice-presidente do PSDB, Carlos Sampaio (SP), questionou o procurador sobre a poss�vel interfer�ncia da ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, e do ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, em julgamentos do Conselho. Paiva respondeu que as investiga��es ainda n�o s�o conclusivas, mas apontou a exist�ncia de uma amizade entre Erenice Guerra e lobistas diretores de escrit�rios de advocacia que s�o investigados na Zelotes.

"Foi apurado que Erenice Guerra, quando ocupava o cargo de secret�ria executiva da Casa Civil, encaminhou uma mensagem com o curr�culo do Jos� Ricardo da Silva, ele foi colega de turma do irm�o de Erenice. Alexandre Paes dos Santos tamb�m relata amizade com Erenice Guerra", afirmou Paiva. Ambos s�o considerados os principais investigados na opera��o. Jos� Ricardo foi conselheiro do Carf e atualmente presta consultorias, enquanto Alexandre Paes dos Santos atua como lobista e foi preso preventivamente no ano passado.

O procurador relatou ainda ind�cios de diversos encontros entre o advogado Mauro Marcondes, cujo escrit�rio tamb�m � investigado na Zelotes, e o ex-ministro da Secretaria-Geral da Presid�ncia, Gilberto Carvalho. "Ao longo da investiga��o colhemos v�rios ind�cios de tr�nsito frequente de Mauro Marcondes a altas esferas da administra��o p�blica. Havia marca��o de reuni�es com Gilberto Carvalho e alguns ind�cios de proximidade", afirmou. O procurador ponderou que n�o h� registros de pagamentos a ningu�m da Presid�ncia da Rep�blica, mas admitiu que a investiga��o pode apurar outras formas de benef�cios que n�o sejam necessariamente econ�micos.

O l�der do PPS na C�mara, Rubens Bueno (PR), questionou tamb�m uma poss�vel atua��o do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva no Carf. Paiva relembrou que foram identificados pagamentos do escrit�rio Marcondes e Mautoni a empresa de Lu�s Cl�udio Lula da Silva, filho do ex-presidente. "Ainda n�o conseguimos encontrar a origem desse pagamento e nem qual servi�o foi efetivamente prestado por Lu�s Cla�dio", disse o procurador. Segundo ele, a investiga��o ainda n�o foi conclu�da.

Paiva tamb�m justificou que o foco da opera��o � o tr�fico de influ�ncia em julgamentos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais e que a compra de medidas provis�rias n�o tem sido o alvo central da investiga��o.

"Hoje a Zelotes precisa finalizar seu objetivo inicial, que era exclusivamente analisar julgamentos no Carf, sem rela��o com a atividade parlamentar. Ao longo da opera��o surgiram fatos relacionados �s medidas provis�rias, mas ainda n�o avan�amos sobre eles", afirmou Paiva. O procurador acredita que as medidas provis�rias devem ser objeto de outra atua��o e lamentou que o Minist�rio P�blico n�o tenha a equipe necess�ria para avan�ar t�o brevemente sobre as investiga��es.

Para o presidente da CPI, Pedro Fernandes (PTB-MA), e o relator, Jo�o Carlos Bacelar (PR-BA), a dificuldade do Minist�rio P�blico em investigar as medidas provis�rias n�o frustra o colegiado da comiss�o, j� que h� respaldo da consultoria da C�mara para dar sequ�ncia � investiga��o por conta pr�pria no �mbito da CPI. "O Minist�rio P�blico pode n�o ter os elementos agora, mas isso n�o quer dizer que n�o possamos convocar as pessoas, ter oitivas, isso � responsabilidade da CPI", afirmou Bacelar.


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