
"A indica��o de Lula parece uma tentativa grosseira de impedir o curso da Justi�a. Mesmo que isso n�o fosse sua inten��o, esse seria o efeito. Esse foi o momento em que a presidente escolheu os limitados interesses da sua tribo pol�tica por cima do Estado de Direito", diz o editorial que tem o t�tulo "Hora de ir". "Assim, ela tornou-se inapta a permanecer como presidente", cita o editorial que defende que "a presidente manchada deveria renunciar agora".
O editorial nota que sempre defendeu que apenas a "Justi�a ou os eleitores - e n�o pol�ticos com interesses pr�prios tentando impedi-la - podem decidir o destino da presidente". Essa percep��o, por�m, mudou com a decis�o tomada por Dilma de indicar Lula, argumenta o editorial. No final de semana, o jornal The New York Times j� havia classificado como "rid�culas" as explica��es de Dilma para a nomea��o de Lula. A sa�da de Dilma Rousseff, diz o editorial da Economist, "ofereceria ao Brasil a oportunidade de um novo come�o".
A revista afirma que continua acreditando que o processo de impeachment pelas pedaladas fiscais segue parecendo injustificado. Assim, a revista nota que h� tr�s caminhos para a sa�da da presidente: 1) mostrar que Dilma Rousseff obstruiu o trabalho de investiga��o na Petrobr�s; 2) por decis�o do Tribunal Superior Eleitoral que resultaria em novas elei��es ou 3) a ren�ncia. "A maneira mais r�pida e melhor para a senhora Rousseff deixar o Planalto seria a ren�ncia antes de ser empurrada para fora", defende o editorial. No �ltimo dia 20, o brit�nico The Guardian disse que a presidente deveria renunciar se n�o conseguir controlar a agita��o social, que representa risco de interven��o militar.
Sem Dilma, a Economist acredita que o Brasil poderia ter um governo de coaliz�o liderado por Michel Temer para executar reformas necess�rias para estabilizar a economia e acabar com o d�ficit p�blico pr�ximo de 11% do Produto Interno Bruto. O editorial nota, por�m, que Temer tamb�m est� "profundamente envolvido no esc�ndalo da Petrobr�s como o PT". Assim, apenas "novas elei��es presidenciais poderiam dar aos eleitores uma oportunidade de confiar as reformas a um novo l�der".