
Em entrevista ao final de sess�o na C�mara, Cunha disse que n�o viu a divulga��o da planilha da empresa. "N�o vi que planilha �, mas v�rias empresas fizeram doa��es que foram pedidas, certamente para a minha campanha n�o foi. Se eu pedi foi para o PMDB e alocada em outras campanhas, como j� falei outras vezes. Ent�o eu n�o sei o que �, mas � normal", disse.
"A Odebrecht doou para o PMDB em alguns momentos a meu pedido, para a campanha do Henrique (Eduardo Alves), enfim, para o PMDB e o partido distribuiu, n�o diretamente para a minha campanha, se eu bem recordo", completou
O peemedebista revelou que foram realizadas v�rias doa��es ao partido e negou que tenha ocorrido recurso de caixa 2. "N�o temo absolutamente nada de ningu�m", enfatizou.
Cunha riu quando foi questionado sobre seu apelido e disse n�o saber o significado de ser chamado de "Caranguejo" e disse que "quem apelidou � que tem que dizer". Segundo o presidente da C�mara, v�rias pessoas do PMDB se reuniram com representantes da empreiteira para discutir doa��es, mas ele n�o se lembra com quem.
Manobras
Sobre o andamento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, Cunha disse que a cada hora que passa cresce o n�mero de parlamentares favor�veis ao afastamento da petista. O peemedebista acredita que a divulga��o da lista da empreiteira n�o deve interferir na opini�o dos parlamentares sobre o impeachment.
Questionado sobre os pedidos de petistas para que seja feita nova notifica��o de Dilma e a recontagem de prazo para defesa na comiss�o processante, Cunha - que tenta agilizar o andamento do impeachment enquanto seus aliados manobram h� mais de tr�s meses para adiar o processo contra ele no Conselho de �tica - criticou o PT e disse que a sigla tem um discurso diferente da pr�tica.
Para ele, os petistas agem de uma maneira na comiss�o do impeachment e de outra com ele. "L� (na comiss�o do impeachment) eles querem tudo", reclamou. "O discurso do PT � um e a pr�tica � outra, isso faz parte da cultura do PT em todos os sentidos."
O deputado voltou a defender que o seu partido deixe de continuar atrelado ao projeto de governo petista. "O PMDB tem que ter compromisso com o Pa�s e com aquilo que ele entende que � melhor para o Pa�s, n�o tem continuar atrelado ao projeto do PT, que grande parte do PMDB n�o apoia, n�o fez parte desse projeto, s� serviu para dar apoio parlamentar", concluiu.