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Estado de Minas

Lula: vou ajudar Dilma a governar nem que seja a �ltima coisa que eu fa�a na vida


postado em 23/03/2016 20:07

S�o Paulo, 23 - O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva afirmou em discurso para sindicalistas que vai ajudar Dilma a governar. "Nem que seja a �ltima coisa que eu fa�a na vida, vou ajudar a Dilma a governar esse Pa�s com a dec�ncia que o povo merece", afirmou nesta quarta-feira, 23, � plateia de cerca de mil apoiadores na capital paulista.

Lula disse que a "companheira Dilma" tinha lhe chamado para compor o minist�rio em agosto do ano passado e ele disse n�o ter aceitado por saber que n�o � f�cil a conviv�ncia de presidente e ex-presidente no governo. "N�o sou analfabeto pol�tico como alguns pensam. Tenho no��o que n�o � f�cil uma presidente conviver na mesma sala com um ex-presidente."

Ele argumentou, contudo, que, com o agravamento da crise que afeta o Pa�s, se convenceu de que deveria ajudar. "Quando foi agora, com a crise pol�tica, os advers�rios apertando cada vez mais a Dilma, ela disse 'preciso de voc� pra me ajudar'", relatou Lula no discurso.

Segundo o ex-presidente, ele ainda resistiu porque n�o queria passar a impress�o de que buscava "privil�gios", mas que acabou cedendo por causa do cen�rio. "Aceitei porque tenho pleno bom senso que posso ajudar a Dilma, com aquilo que mais sei fazer na vida que � conversar, ouvir as pessoas", afirmou.

Lula chegou a dizer que no ato pr�-governo e de apoio a ele, na sexta-feira, 18, na Avenida Paulista, sentiu que estava tomando posse de novo. "A impress�o que tive na Avenida Paulista foi que voc�s estavam me dando posse", afirmou.

Golpe

Lula fez uma compara��o hist�rica para defender a sucessora Dilma Rousseff do que ele e aliados classificam de iniciativa golpista de for�as "conservadoras" contra a presidente. Lula lembrou que o Pa�s tem o maior per�odo de estabilidade democr�tica desde a constitui��o de 1988 e citou os epis�dios do suic�dio de Get�lio Vargas em 1954 e da deposi��o de Jango em 1964 com o golpe militar em uma refer�ncia ao que, ao ver dele, ocorre hoje.

O ex-presidente tamb�m citou Juscelino e disse que o golpe foi para que o ent�o ex-presidente n�o pudesse concorrer nas elei��es de 1965. "At� a historia de apartamento que me acusam hoje, acusavam Juscelino de ter apartamento no Rio que ele n�o tinha", disse comparando-se ao ex-mandat�rio.

"Eles t�m que aprender que n�s ganhamos a elei��o pelo voto democr�tico. Se eles querem ir pra Presid�ncia que esperem por 2018", disse ao argumentar novamente que ele aguardou por elei��es desde 1994 at� chegar ao cargo m�ximo do Pa�s em 2002. "N�o tentem dar golpe na Dilma que n�s n�o vamos aceitar. N�o existe nenhuma raz�o legal para o impeachment. E o respeito pelo povo brasileiro, pelo voto?", questionou. "Acho que � bom eles aprenderem a ficarem calmos."

O ex-presidente refor�ou que os sindicatos e movimentos sociais t�m uma obriga��o de defender a democracia. "Tentar tirar a Dilma agora � golpe e esse Pa�s n�o pode aceitar o golpe na Dilma."

Ele reclamou das investiga��es contra ele. Voltou a dizer que iria depor � Lava Jato sem a necessidade de ser levado � for�a pela condu��o coercitiva e chamou de "pachorra" a iniciativa de um procurador de S�o Paulo denunciar sua mulher, Marisa Let�cia, por lavagem de dinheiro. Lula, Marisa e o filho mais velho do casal foram denunciados pelo Minist�rio P�blico de S�o Paulo por suposta oculta��o de patrim�nio no caso que envolve um tr�plex no Guaruj�.

"Tiveram a pachorra de um promotor dizer que a dona Marisa estava enquadrada por lavagem de dinheiro", bradou Lula. "Eles t�m que aprender que mentira tem perna curta" e emendou em cr�ticas � oposi��o, repetindo que eles n�o t�m paci�ncia para esperar a elei��o de 2018.

"Se enganam aqueles que acham que sou contra o combate � corrup��o", disse ao argumentar que seu governo deu autonomia � Pol�cia Federal e ao Minist�rio P�blico Federal e repetiu ser honesto, mais honesto que os integrantes da for�a-tarefa da Lava Jato. "Se um deles for mais honesto que eu, desisto da vida p�blica nesse Pa�s", bradou. Ele questionou ainda se os coordenadores da Lava Jato imaginam o tamanho do "preju�zo" que a opera��o causou � economia brasileira.

Protestos

Lula tamb�m reclamou dos protestos pr�-impeachment, dizendo que a imprensa incentiva o "�dio", em refer�ncia indireta � TV Globo. O p�blico gritava "o povo n�o � bobo, abaixo a rede Globo". Lula chegou a dizer estar "enojado" com alguns ve�culos de comunica��o.

"O que a gente n�o pode aceitar � o �dio que est� sendo destilado neste Pa�s. Acham que quem usa camisa verde e amarelo � mais brasileiro que n�s. Tem muita gente que acha que � mais brasileiro que n�s porque o d�lar est� alto e n�o pode fazer enxoval em Miami", disse ao argumentar que entre 2007 e 2012 o Brasil era o pa�s "mais otimista do mundo". Lula discursou por mais de uma hora, mesmo com a voz bastante rouca por causa de um resfriado.


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