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Estado de Minas

Citados em planilha da Odebrecht dizem que doa��es foram legais


postado em 23/03/2016 21:31

Bras�lia, 23, 23 - Pol�ticos cujos nomes aparecem na planilha apreendida pela Pol�cia Federal na casa de Benedicto Barbosa, alto executivo da Odebrecht, com o nome de mais de 200 pol�ticos de 18 partidos que teriam recebido contribui��es da construtora, afirmaram nesta quarta-feira, 23, que os valores que constam na lista referem-se a doa��es legais.

Beto Albuquerque

O ex-deputado federal e ex-candidato a vice na chapa presidencial da ex-senadora Marina Silva, Beto Albuquerque (PSB), na campanha de 2014, divulgou nota na tarde desta quarta-feira, 23, dizendo que toda doa��o recebida da empreiteira Odebrecht est� "devidamente" declarada e afirmou que a generaliza��o nestas circunst�ncias "s� serve para premiar os verdadeiros criminosos".

Em sua p�gina no Facebook, o atual vice-presidente de rela��es governamentais do PSB disse estar apurando os detalhes da data e circunst�ncia da cita��o de seu nome na planilha de doa��es de campanha da empreiteira divulgada nesta quarta. "Seja como for, n�o h� nenhuma novidade nisso! J� constaram em algumas presta��es de contas eleitorais minhas e do meu partido a doa��o formal e devidamente declarada da Odebrecht e de outras empresas. Tudo devidamente declarado", escreveu.

O ex-deputado disse confiar e apoiar os trabalhos da investiga��o. Ele ressaltou que est� seguro que ser� poss�vel separar "o legal do il�cito e a propina da corrup��o da doa��o formal e legal de campanha". "Que o juiz S�rgio Moro siga firme em sua jornada e que o MPF, PF, STF e TSE cumpram suas miss�es constitucionais o mais r�pido poss�vel", finaliza.

Luiz Marinho

O prefeito de S�o Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT), tamb�m divulgou nota na qual afirma que todas as doa��es recebidas em suas campanhas constam nas presta��es de contas entregues e aprovadas pela Justi�a Eleitoral.

Marinho est� no seu segundo mandato como prefeito de S�o Bernardo. Antes, no governo de Luiz In�cio Lula da Silva, chefiou o Minist�rio do Trabalho e o Minist�rio da Previd�ncia Social. Ele tamb�m j� foi presidente do Sindicato dos Metal�rgicos do ABC.

Jarbas Vasconcelos

Candidato a vereador do Recife em 2012, Jarbas Filho (PMDB), filho do deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), disse em nota que todas as doa��es que recebeu em sua campanha foram declaradas e aprovadas. As planilhas apreendidas citam Jarbas Filho e atribuem a ele o apelido de �Viagra�, al�m de citar valor 100, que seriam referentes a R$ 100 mil.

�Todas as doa��es de campanha que recebi em 2012, quando tentei uma vaga para C�mara de Vereadores do Recife, foram declaradas e aprovadas. Dentro dessa presta��o existem doa��es de empresas privadas, pessoas f�sicas e dos diret�rios estadual e nacional do PMDB, meu partido. Tudo formalizado, seguindo as orienta��es legais e disponibilizado no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)�, afirmou Jarbas Filho em nota.

Bruno Ara�jo

O ex-l�der da oposi��o na C�mara, deputado Bruno Ara�jo (PSDB-PE), disse nesta quarta-feira que as cita��es a seu nome na lista s�o referentes �s campanhas eleitorais de 2010 e 2012.

Segundo ele, os valores de 2010 foram doados a sua conta de campanha para deputado federal. J� as de 2012, disse, s�o referentes a valores recebidos por seu partido e repassados "oficialmente" a candidaturas a prefeito em Pernambuco.

Bruno Ara�jo destacou que o pr�prio juiz federal S�rgio Moro, que conduz a Opera��o Lava Jato na primeira inst�ncia, ressaltou que a lista apresentada tamb�m traz no seu bojo diversas doa��es eleitorais registradas. "� o nosso caso", afirmou.

O parlamentar tucano seguiu o discurso do presidente nacional do PSDB, senador A�cio Neves (MG) - que tamb�m publicou nota esta quarta - e disse que � preciso, "com serenidade", "separar o joio do trigo". Ara�jo n�o mencionou, contudo, quem especificamente � o joio e o trigo na lista.

Roberto Pupin

O deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) afirmou em nota que a campanha de 2012 do prefeito de Maring� (PR), Roberto Pupin (PP), seu aliado pol�tico, n�o recebeu "doa��o direta" de empresas do grupo Odebrecht. O nome de Barros aparece ao lado do nome "Maring�", em refer�ncia � campanha de Pupin de 2012.

"Em rela��o a planilha da p�gina 21 que aponta a indica��o de recursos no valor de R$ 100 mil para a campanha eleitoral de Maring� em 2012, Ricardo Barros esclarece que a campanha do prefeito Roberto Pupin n�o recebeu doa��o direta de empresas do Grupo Odebrecht", rebateu, em nota.

Barros informou que todas as doa��es para Pupin foram "legais" e que a presta��o de contas de campanha foi aprovada pela Justi�a Eleitoral. Ele disse tamb�m que est� "verificando" nas presta��es de contas se a suposta doa��o de R$ 100 mil da Odebrecht foi realizada aos diret�rios estadual e nacional do PP.

Nelson Pelegrino

O deputado federal licenciado Nelson Pelegrino (PT-BA) afirma, em nota, que as doa��es recebidas pela empreiteira para campanhas eleitorais aconteceram "rigorosamente dentro dos par�metros legais".

Pelegrino disse ainda que as doa��es foram declaradas ao Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), que, segundo ele, analisou e aprovou as contas. O deputado, eleito para um quinto mandato em 2014, licenciou-se do cargo para, no in�cio de 2015, tomar posse como secret�rio de Turismo da Bahia, no governo de Rui Costa, tamb�m do PT. Na lista da Odebrecht, o deputado licenciado � apelidado de "Pele".

Patrus Ananias

O ministro do Desenvolvimento Agr�rio, Patrus Ananias, afirma que todas as doa��es � sua campanha eleitoral de 2012, para prefeito de Belo Horizonte, foram recebidas por meio das inst�ncias partid�rias e que as contas foram aprovadas pela Justi�a Eleitoral.

O posicionamento de Ananias foi publicado em sua p�gina na rede social Facebook. Na mensagem, o ministro, que � filiado ao PT, tamb�m refor�ou que � contra o financiamento empresarial de campanhas eleitorais.

Jos� Fortunati

O prefeito de Porto Alegre, Jos� Fortunati, confirmou que sua campanha � reelei��o em 2012 recebeu da Odebrecht uma doa��o de R$ 500 mil. Segundo ele, no entanto, o aporte se deu por interm�dio do diret�rio nacional do PDT.

Logo ap�s ser informado da exist�ncia das planilhas, quando participava de um evento na capital ga�cha, Fortunati chegou a dizer que n�o tinha conhecimento de nenhum financiamento de campanha proveniente da Odebrecht. Mais tarde, por�m, ele emitiu um comunicado reconhecendo que houve repasse de recursos no valor de R$ 500 mil, por meio do diret�rio nacional.

"A doa��o feita pela empresa Odebrecht, de acordo com as normas eleitorais, foi realizada para a Dire��o Nacional do PDT que fez o repasse para a minha campanha eleitoral da Prefeitura de Porto Alegre. � importante observar que o montante faz parte, tanto da presta��o de Contas do PDT Nacional, como tamb�m da presta��o de Contas da minha Campanha para a Prefeitura (dia 11/10/2012), que foi devidamente aprovada pelo Tribunal Regional Eleitoral. Tamb�m � necess�rio destacar que a Empresa Odebrecht n�o teve e n�o tem qualquer obra na cidade de Porto Alegre (antes ou depois do processo eleitoral)", diz o texto.

Daniel Almeida

O l�der do PCdoB na C�mara dos Deputados, Daniel Almeida (BA), confirmou ter recebido doa��es legais do grupo Odebrecht nas elei��es de 2014. No campo da tabela "valor total", ao lado do nome de Almeida, consta R$ 150,00. Como todos os outros valores do documento, a quantia deve ser multiplicada por mil, chegando a R$ 150 mil em repasses. "Todas as doa��es da minha campanha foram legais e est�o na presta��o de contas. Fora disso, � especula��o", comunicou o parlamentar. Alguns pol�ticos receberam apelidos curiosos, o de Almeida foi "comuna".

Manuela d'�vila

J� a deputada estadual Manuela d'�vila (PC do B-RS) foi apelidada de "avi�o". Manuela afirmou que n�o recebeu doa��o de nenhuma empresa do grupo Odebrecht para a sua candidatura de 2012, contudo admitiu ter recebido contribui��es l�citas de outras empresas em todas as suas campanhas. Ao lado do nome da deputada, aparece o valor de R$ 300 mil. "Todas as presta��es de contas foram aprovadas", assegurou.

Manuela disse ainda que vai requerer judicialmente acesso � documenta��o. "Especulo que a Odebrecht, munida das pesquisas de opini�o, fez proje��es de contribui��es a minha candidatura a partir de meu favoritismo pr�-eleitoral. Com a queda vertiginosa que tive nas pesquisas (fui derrotada no primeiro turno das elei��es), tais doa��es n�o aconteceram." A deputada tamb�m se defende afirmando que encerrou a campanha endividada.

O senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Juc� (PMDB-RJ) , Humberto Costa (PT-PE), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Vanessa Grazziottin (PC do B-AM) e Ana Am�lia (PP-RS) negam ter recebido doa��es ilegais da Odebrecht.


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