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Estado de Minas DISPUTA VOTO A VOTO

Governo e oposi��o lutam para atrair 141 deputados indecisos sobre impeachment

Falta de consist�ncia dentro dos partidos na C�mara sobre o processo de impedimento tornou indispens�vel para o Planalto o voto de cada um dos parlamentares que ainda n�o se posicionaram


postado em 25/03/2016 06:00 / atualizado em 25/03/2016 07:31

Parlamentares que ainda estão em cima do muro têm negociado individualmente com os dois lados, o que deixa o cenário ainda mais incerto(foto: Marcelo Camargo/Agencia Brasil - 22/03/2016 )
Parlamentares que ainda est�o em cima do muro t�m negociado individualmente com os dois lados, o que deixa o cen�rio ainda mais incerto (foto: Marcelo Camargo/Agencia Brasil - 22/03/2016 )

A face mais vis�vel do placar no processo para a abertura de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff em curso na C�mara dos Deputados � a de um sistema partid�rio ca�tico, incapaz de coes�o nas pr�prias bancadas. Contando com aproximadamente 126 votos a seu favor, contra cerca de 246 deputados que se manifestam pela instala��o do procedimento, o governo joga as fichas sobre os cerca de 141 deputados federais que se declaram indecisos: precisa garantir 172 votos.

Para al�m de parte do PMDB, que articula abertamente o impedimento da presidente com a perspectiva de assumir o cargo maior, os parlamentares que hoje est�o em compasso de espera pertencem a uma salada de partidos pol�ticos que inclusive est�o representados na Esplanada dos Minist�rios. � exce��o das siglas que integram o n�cleo do governo, – representadas pelo PT e PCdoB – e do centro duro da oposi��o, – formado pelo PSDB, DEM, PPS e SD –, legendas pouco significam se o que conta � prever o posicionamento em rela��o ao impeachment. Da mesma forma, pertencer ou n�o aos governos que nos estados integram a base aliada de Dilma Rousseff pouca diferen�a faz.



Os campos advers�rios se movem na C�mara dos Deputados em meio a uma guerra por ades�es baseada na m�xima “cada cabe�a uma senten�a”. Os parlamentares em cima do muro negociam individualmente com os dois lados, tornando a batalha difusa em atores m�ltiplos alojados no PSD, no PTB, no PR, no PDT, para ficar nestes de estatura mediana que encabe�am minist�rios. Esta � uma l�gica que se reproduz junto � maior parte dos 25 partidos representados na Casa, que acaba de passar por uma dan�a fren�tica de migra��es envolvendo mais de oito dezenas de deputados federais.

O PTB � o exemplo mais gritante da falta de coes�o partid�ria. De um lado, o ministro de Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior, Armando Monteiro (PE), senador licenciado, critica o car�ter pol�tico do processo: “N�o somos uma republiqueta, o processo de impeachment tem que seguir a Constitui��o, mas se o processo tiver car�ter apenas pol�tico poder� afrontar a ordem legal”. De outro, a presidente do partido, deputada Cristiane Brasil (RJ), filha do ex-deputado Roberto Jefferson – condenado no processo do mensal�o – conclama os deputados a votar pela sa�da de Dilma. Atualmente com 19 parlamentares na bancada federal petebista, que elegeu 25 em 2014, cada um atira para um lado: sete est�o indecisos, tr�s declaram ser contr�rios e nove favor�veis.

INDECISOS
No balan�o ap�s o troca-troca partid�rio, o PSD, com a sua bancada de 33 cadeiras, tamb�m est� desagregado. Enquanto o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, presidente licenciado, garante que o PSD segue firme no apoio a Dilma Rousseff, o score da bancada registra 15 favor�veis, 15 indecisos e 3 contr�rios. Da mesma forma no PR, que mant�m o Minist�rio dos Transportes com Ant�nio Carlos Rodrigues (SP), suplente da senadora Marta Suplicy, ex-petista, agora no PMDB. O ministro apoia o governo. Mas da bancada de 40, a metade est� indecisa, 15 defendem o impeachment e cinco s�o contr�rios.

Partidos divididos e sem unidade e negocia��es individuais na guerra de corpo a corpo, o primeiro ingrediente desta equa��o � a perspectiva de sobreviv�ncia pessoal e pol�tica. A pergunta que n�o se cala na cabe�a dos parlamentares se volta para os rumos imprevis�veis da Opera��o Lava-Jato, que sinaliza para uma pol�tica de “terra arrasada”, com a libera��o esta semana de listas de distribui��o de recursos pela Odebrecht envolvendo mais de 200 pol�ticos, de todos os partidos, da situa��o e da oposi��o. Que tipo de novas frentes essa lista anuncia, n�o h� como prever. Al�m disso, as ruas gritam. Cr�ticos exigindo a cabe�a da presidente de um lado. Apoiadores acusando o golpe de outro. A decis�o est� judicializada, nas m�os do Supremo Tribunal Federal (STF), �rg�o com o qual disputam as manchetes hoje a Pol�cia Federal, o Minist�rio P�blico Federal e a Justi�a Federal em primeira inst�ncia.

Press�o no Sudeste, Sul e Centro-Oeste
As bancadas do Esp�rito Santo, Distrito Federal, Santa Catarina, Goi�s e S�o Paulo, estados governados nesse ordem por Paulo Hartung (PMDB), Rodrigo Rollemberg (PSB), Raimundo Colombo (PSD), Marconi Perillo (PSDB) e Geraldo Alckmin (PSDB), s�o as mais hostis ao governo Dilma Rousseff, alcan�ando mais de 70% de deputados federais que se declaram favor�veis ao impeachment.

Contrariamente, a menor ades�o ao impeachment se verifica em estados do Norte e Nordeste como Amap�, Tocantins, Maranh�o, Sergipe, Para�ba, Roraima, Acre, Piau�, Bahia, Cear� e Alagoas. Nessa ordem, s�o administrados por Waldez (PDT), Marcelo Miranda (PMDB), Fl�vio Dino (PCdoB), Jackson Barreto (PMDB), Ricardo Coutinho (PSB), Suely Campos (PP), Ti�o Viana (PT), Welington Dias (PT) e Rui Costa (PT).

Em Minas Gerais, dos 53 deputados federais, 27 se declaram favor�veis ao impedimento, 17 est�o indecisos e nove contr�rios – que s�o os parlamentares do PT e do PCdoB. Da bancada federal mineira agora de seis parlamentares do PMDB, quatro ainda n�o se posicionaram: Newton Cardoso Junior, Rodrigo Pacheco, Saraiva Felipe e Silas Brasileiro; Leonardo Quint�o e o novo integrante, F�bio Ramalho, dizem apoiar o afastamento de Dilma. Outros partidos que est�o igualmente na base de Fernando Pimentel em Minas, tamb�m est�o em cima do muro: no PR, Aelton Freitas e Brunny; no PSD, Diego Anrade e Jaime Martins; no PTdoB, Luis Tib�; e no PTN, Ademir Camilo. (BM)


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