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Estado de Minas

PT do Rio de Janeiro amea�a retaliar PMDB

Petistas fluminenses dizem que n�o v�o apoiar o candidato do prefeito Eduardo Paes na elei��o municipal deste ano se peemedebistas desembarcarem do governo Dilma Rousseff


postado em 26/03/2016 06:00 / atualizado em 26/03/2016 09:39

Eduardo Paes, Sérgio Cabral e Pezão (ao fundo), que se trata contra câncer, não vão ao encontro do PMDB(foto: José Crus/ Agência Brasil )
Eduardo Paes, S�rgio Cabral e Pez�o (ao fundo), que se trata contra c�ncer, n�o v�o ao encontro do PMDB (foto: Jos� Crus/ Ag�ncia Brasil )
Rio de Janeiro – Se o PMDB-RJ votar pelo rompimento com o governo na reuni�o do diret�rio nacional do partido marcada para ter�a-feira, o PT fluminense vai retirar o apoio ao candidato indicado pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB) na elei��o municipal, Pedro Paulo Carvalho. A amea�a foi feita ontem pelo presidente do PT-RJ, Washington Quaqu�. L�deres do diret�rio estadual do Rio anunciaram que a maior parte dos representantes do estado votar� pela sa�da do governo. As exce��es dever�o ser apenas o l�der do PMDB na C�mara, Leonardo Picciani, e o ministro de Ci�ncia e Tecnologia, Celso Pansera. O PMDB-RJ tem 12 dos 119 integrantes do diret�rio nacional.

O governador Luiz Fernando Pez�o, em tratamento m�dico, o ex-governador S�rgio Cabral e Paes n�o v�o � reuni�o e ser�o substitu�dos por suplentes. Entre os que votar�o a favor do rompimento est�o o presidente do PMDB-RJ, Jorge Picciani, pai de Leonardo, o ex-ministro Moreira Franco e o presidente da C�mara, Eduardo Cunha. Quaqu� conversou ontem com o Paes, aliado da presidente Dilma Rousseff, e disse ter ouvido do prefeito que n�o sabia da decis�o do PMDB fluminense de rompimento com o governo. “Espero que isso n�o se confirme. Temos alian�a com o PMDB do Rio baseada na sustenta��o do governo Dilma e no projeto de Lula (ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva) candidato em 2018. Se a alian�a do PMDB com Dilma for rompida, a alian�a no Rio est� rompida. Haver� uma ruptura e n�o ser� por nossa iniciativa”, afirmou o dirigente petista, que tamb�m � prefeito de Maric�.

O presidente do PMDB-RJ, Jorge Picciani, afirmou ontem que a decis�o do diret�rio estadual de apoiar o rompimento com o governo � reflexo de um sentimento majorit�rio da sociedade. O dirigente avalia que a presidente Dilma n�o tem condi��es de enfrentar a crise pol�tica e econ�mica que praticamente paralisou o pa�s. “Ela tem capacidade de sair do dissenso para o consenso m�nimo? De aprovar um ajuste fiscal, recuperar a economia? De trazer de volta o emprego? N�o tem. A presidente � uma pessoa honrada, mas o conjunto da obra n�o � bom”, disse. Para Picciani, o cen�rio atual � completamente diferente daquele em que os argumentos em favor do impeachment da presidente estavam centrados nas chamadas pedaladas fiscais. “Essas coisas se decidem pelo processo social. Quando defendemos a legitimidade do mandato da presidente, o fizemos na forte convic��o democr�tica e esse era o sentimento majorit�rio do PMDB do Rio. T�nhamos convic��o de que pedalada n�o � crime de responsabilidade, � quase um atraso de cart�o de cr�dito. Mas o quadro mudou. Veio a pris�o do l�der do governo no Senado, Delc�dio Amaral, e a dela��o demolidora. E vieram as trapalhadas seguintes. Agora, mais uma vez, expresso um sentimento majorit�rio do PMDB do Rio”, afirmou Picciani.

Depois de quase tr�s meses na pris�o, o ex-petista Delc�dio (sem partido-MS) fechou acordo de dela��o premiada na Opera��o Lava-Jato e acusou Dilma e o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva de terem tentado interferir nas investiga��es, o que aprofundou a crise pol�tica. Outro momento de tens�o foi a nomea��o de Lula, investigado na Lava-Jato, para o comando da Casa Civil, apontada pela oposi��o como uma manobra da presidente para garantir foro privilegiado ao antecessor. A nomea��o est� suspensa por decis�o liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.

Picciani lembrou o encontro que teve com Dilma, em agosto passado, quando, ao lado do filho Leonardo Picciani, l�der do PMDB na C�mara, se reaproximaram da presidente, depois de terem feito campanha para o tucano A�cio Neves na disputa presidencial de 2014. “Na primeira conversa que tive com ela, disse: ‘Presidente, este � um regime presidencialista, a senhora est� como burro no atoleiro: tem de seguir em frente, n�o pode bambear’. Mas ela n�o seguiu, o PT n�o acompanhou e a sociedade avan�ou. N�o quero fazer ju�zo de valor, mas vejo como a sociedade se movimenta” disse o dirigente peemedebista.

DEBANDADA Mas o rompimento do PMDB com o governo n�o � o �nico problema do PT fluminense. O partido enfrenta uma debandada de petistas. A insatisfa��o � motivada pelo desgaste da imagem da legenda com a Opera��o Lava-Jato e por quest�es locais. Os deputados estaduais Zaqueu Teixeira e Dr. Sadinoel se desfiliaram porque n�o tinham apoio do partido para disputar as elei��es municipais deste ano. Teixeira ingressou no PDT para disputar a Prefeitura de Queimados, na Baixada Fluminense, pois o PT vai apoiar o PMDB. J� Sadinoel se filiou ao PMB e pretende disputar a prefeitura de Itabora�, na Regi�o Metropolitana do Rio. “Fui tra�do por parte do PT de Queimados, que preferiu o conforto dos cargos, permanecer no governo, na alian�a (com o PMDB), em vez de disputar a elei��o”, disse Teixeira.

A bancada petista na Assembleia Legislativa foi reduzida de seis para tr�s deputados. J� em rela��o �s prefeituras administradas pelo PT, Rodrigo Neves, de Niter�i, foi o quarto a deixar o partido desde outubro do ano passado. Tamb�m se desfiliaram Carlos Miranda, o Cas�, de Paraty; Cl�udio Chumbinho, de S�o Pedro da Aldeia; e Claudio Valente, de Miguel Pereira. Os dois primeiros foram para o PMDB, e o �ltimo est� sem partido. A primeira baixa significativa sofrida pelo PT do Rio foi o deputado Alessandro Molon, o mais votado do partido no estado na elei��o de 2014. Ap�s 18 anos no PT, ele migrou para a Rede, de Marina Silva, em setembro do ano passado.


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