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Estado de Minas

Propina pagou Dior e Chanel a mulher e filha de Cunha, aponta den�ncia

Os gastos de Claudia Cruz e Danielle Dytz da Cunha Doctorovich com as marcas de renome Chanel, Dior, Balenciaga e Louis Vuitton somam cerca de US$ 86 mil, entre dezembro de 2012 e julho de 2015


postado em 28/03/2016 08:43 / atualizado em 28/03/2016 09:05

Cláudia Cruz (E) e Danielle Dytz da Cunha(foto: Reprodução/Internet)
Cl�udia Cruz (E) e Danielle Dytz da Cunha (foto: Reprodu��o/Internet)
S�o Paulo - A den�ncia contra o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aponta que as compras de luxo da mulher e da filha do deputado, no exterior, "foram pagos com parte do dinheiro de propina". Os gastos de Claudia Cruz e Danielle Dytz da Cunha Doctorovich com as marcas de renome Chanel, Dior, Balenciaga e Louis Vuitton somam cerca de US$ 86 mil, entre dezembro de 2012 e julho de 2015, e ser�o investigados pela for�a-tarefa da Opera��o Lava Jato em Curitiba.

Cl�udia e Danielle est�o sob a tutela do juiz federal Sergio Moro. O pr�prio Eduardo Cunha j� foi denunciado por corrup��o e lavagem de dinheiro perante o Supremo Tribunal Federal. Como n�o s�o detentoras de foro privilegiado, Claudia e Danielle agora est�o sob investiga��o dos procuradores da for�a-tarefa da Lava Jato.

Em janeiro de 2014, durante uma estadia em Paris, Claudia Cruz gastou US$ 17.483,84 em tr�s dias. Foram US$ 7.707,37 na loja da Chanel, US$ 2.646,05 na Christian Dior, US$ 4.184,94 na Charvet Place Vend�me e US$ 2.945,48 na Balenciaga.

"Todos estes valores foram pagos com parte do dinheiro de propina recebido por Eduardo Cunha", diz a den�ncia sobre os valores relacionado ao pr�prio presidente da C�mara, sua mulher e sua filha. "As despesas pagas em cart�o de cr�dito com as quantias il�citas recebidas podem se verificadas nos extratos dos cart�es de cr�ditos da Corner Card. Referidos extratos demonstram despesas completamente incompat�veis com os l�citos declarados do denunciado e de seus familiares."

Segundo a Procuradoria-Geral da Rep�blica, Claudia Cruz e Danielle Dytz se favoreceram de valores de uma propina superior a US$ 5 milh�es que Eduardo Cunha teria recebido "por viabilizar a aquisi��o de um campo de petr�leo em Benin, na �frica, pela Petrobras".

A investiga��o aponta que Cl�udia Cruz � a �nica titular da conta Kopec, na Su��a - pela qual "transitou dinheiro il�cito". Desta mesma conta aparece como benefici�ria do cart�o de cr�dito, segundo a Procuradoria, Danielle Dytz. A den�ncia sustenta que o rastreamento do cart�o de cr�dito mostra gastos sequenciais de grandes valores em restaurantes, hospedagens e viagens ao exterior.

Na ter�a-feira, 15, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu mandar para o juiz S�rgio Moro, em Curitiba, o processo na Lava Jato contra Cl�udia Cruz e Danielle Dytz. A determina��o atendeu a uma manifesta��o do procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, sob a justificativa de que elas n�o t�m foro privilegiado para serem investigadas pelo Supremo.

O procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, ofereceu den�ncia contra Cunha, em 4 de mar�o pelo recebimento de propina na Su��a, em valor superior a R$ 5 milh�es, por viabilizar a aquisi��o de um campo de petr�leo em Benin, na �frica, pela Petrobras. Segundo a acusa��o, o dinheiro � fruto de corrup��o e houve lavagem de dinheiro.

A den�ncia sustenta que Cunha atuou para garantir a manuten��o do esquema il�cito na Diretoria Internacional da Petrobras e para facilitar e n�o colocar obst�culos na aquisi��o do Bloco de Benin.

O bloco foi adquirido da Compagnie B�ninoise des Hydrocarbures Sarl (CBH), por US$ 34,5 milh�es (R$ 138.345 milh�es). A acusa��o aponta que Cunha era um dos respons�veis do PMDB pela indica��o e manuten��o do ent�o diretor da �rea Internacional no cargo, Jorge Zelada, e por isso recebia um porcentual dos neg�cios.

O processo foi transferido do Minist�rio P�blico Su��o para a Procuradoria-Geral da Rep�blica do Brasil considerando que o deputado � brasileiro, est� no pa�s e n�o poderia ser extraditado para a Su��a. Al�m disso, como a maioria das infra��es foi praticadas no Brasil, a persecu��o penal ser� mais eficiente no territ�rio nacional. Para a Procuradoria-Geral, a documenta��o enviada pela Su��a permite compreender todo o esquema.

Defesas

"A parte da investiga��o referente a Claudia Cruz foi remetida ao primeiro grau e est� sob sigilo, raz�o pela qual n�o podemos tratar do m�rito. Por�m, esclarecemos que Claudia Cruz nada tem a ocultar, j� apresentou as declara��es de seus bens e est� � disposi��o da justi�a pra esclarecer tudo o que for necess�rio, j� que n�o praticou delito algum", disse a defesa da esposa de Cunha.

Os advogados que defendem Danielle Dytz n�o retornaram contato feito pela reportagem. Em 8 de mar�o, em peti��o ao Supremo Tribunal Federal (STF), a defesa de Danielle sustentou que a filha de Eduardo Cunha "� apenas indicada como benefici�ria da conta Kopek, cuja titularidade � atribu�da a sua madrasta, e que teria sido, segundo a acusa��o, alimentada com valores transferidos a partir de outras contas controladas por seu pai".


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