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Estado de Minas

Campanha de Beto Richa (PSDB) � investigada no STJ

O governador do Paran�, Beto Richa, � suspeito de ter comprado material para campanha com dinheiro de propina da Receita estadual


postado em 29/03/2016 08:07 / atualizado em 29/03/2016 08:20

Em nota, o governador tucano Beto Richa diz que não tem
Em nota, o governador tucano Beto Richa diz que n�o tem "nada a temer" (foto: Ricardo Almeida/ ANPr)

S�o Paulo - A campanha eleitoral de 2014 do governador do Paran�, Beto Richa (PSDB), alvo de investiga��o no Superior Tribunal de Justi�a (STJ), � suspeita de ter comprado placas de madeira compensada - MDF - com propina da Receita estadual. A informa��o est� na dela��o premiada do auditor fiscal Luiz Ant�nio de Sousa, firmada com o Minist�rio P�blico do Paran�.

Em 11 de mar�o, o ministro do STJ Jo�o Ot�vio Noronha autorizou a abertura de um inqu�rito contra o tucano, no �mbito da Opera��o Publicano, que apura fraudes na Receita paranaense. Segundo as investiga��es, os integrantes do esquema cobravam propina para anular d�bitos milion�rios de empresas com o fisco paranaense. A vice-procuradora-geral da Rep�blica, Ella Wiecko, requereu ao STJ que instaurasse inqu�rito contra o governador do Paran� por lavagem de dinheiro, falsidade ideol�gica para fins eleitorais e corrup��o passiva.

Em seu acordo de colabora��o, Luiz Ant�nio de Sousa revelou um suposto 'sistema de divis�o de propina estabelecido na Receita Estadual paranaense'. O auditor 'revelou que houve direcionamento de parte dos valores il�citos captados por auditores fiscais para a campanha eleitoral de 2014 do ent�o candidato � reelei��o ao governo do Estado do Paran�, Carlos Alberto Richa, por interm�dio de colaboradores ligados ao seu comit� de campanha, em especial Luiz Abi Antoun, pessoa com a qual teria rela��o de parentesco', segundo o pedido de abertura de inqu�rito da Procuradoria-Geral da Rep�blica.

Luiz Ant�nio de Sousa citou o coordenador da Regi�o Metropolitana de Londrina, da Secretaria do Desenvolvimento Urbano, do Paran�, Victor Hugo Boselli Dantas e o ex-inspetor geral da Receita Estadual do Paran� M�rcio de Albuquerque Lima.

Segundo o delator, Victor Hugo Boselli Dantas ligou para ele e pediu que comprasse 300 chapas de MDF - madeira compensada - de 19mm para entregar no comit� de Beto Richa, 'localizado em frente ao Terminal Urbano de Londrina, pr�ximo � Leste-Oeste com a Rua Bahia (onde antigamente eram instalados armaz�ns de caf�)'.

"O declarante comprou 200 chapas de MDF na empresa Compefort, tendo pago aproximadamente R$ 10 mil, n�o se recordando se tirou as notas em seu pr�prio nome (Luiz Ant�nio) ou em nome da sua empresa Masterinvest; que adquiriu tamb�m 100 chapas de MDF na empresa Complond, pagando cerca de R$ 5 mil", relatou o delator.

"Marcio Albuquerque disse que depois acertaria com o depoente os cerca de R$ 15 mil tirados de seu bolso; Que a partir de agosto de 2014, o depoente repassava a propina arrecadada em Londrina para Marcio, em Curitiba, e ficou acordado que esses R$ 15 mil gastos pelo declarante com compras de chapas de MDF seriam compensados (retidos) nos repasses de propina que seriam efetuados para Curitiba; que o declarante acredita que Victor Hugo Boselli Dantas sabia de que forma o material (MDF) foi pago, ou seja, efetivamente com dinheiro de propina, pois, apesar de Victor Hugo ter feito o pedido de compra ao declarante, n�o pediu qualquer nota posteriormente."

Ao pedido de instaura��o de inqu�rito, subscrito pela vice-procuradora Ella Wiecko, foi anexada a Nota Fiscal Eletr�nica n�mero 52969, emitida em 29 de julho de 2014, em nome de Luiz Ant�nio de Souza. De acordo com a Procuradoria-Geral da Rep�blica, o papel 'revela que parte dos compensados de madeira adquiridos, supostamente a pedido de M�rcio de Albuquerque Lima e de V�tor Hugo Boselli Dantas, teria sido entregue na Avenida Arcebisco Dom Geraldo Fernandes, Londrina/PR'.

"A conta do Partido da Social Democracia Brasileira - PSDB, Diret�rio Municipal de Londrina/PR, na rede social Facebook, divulgou, em setembro de 2014, convite no qual cita como endere�o do "Comit� Beto Richa Londrina" o mesmo indicado na Nota Fiscal Eletr�nica n. 52969, para entrega dos compensados de madeira adquiridos por Luiz Ant�nio de Souza, ou seja, Avenida Arcebisco Dom Geraldo Fernandes, 1320, Centro, Londrina-PR", informa o documento da Procuradoria Geral da Rep�blica.

Defesa

Em nota, o governador tucano diz que n�o tem "nada a temer". Ainda segundo a nota, Richa afirma que "todas as doa��es recebidas pela minha campanha foram legais e declaradas � Justi�a. N�o houve qualquer contribui��o de origem il�cita ou, principalmente, oriunda de desvios de conduta de fiscais da Receita Estadual. Sou o maior interessado no esclarecimento completo dos fatos. Confio na Justi�a".


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