
Em menos de 4 minutos, o PMDB decide pelo rompimento com o governo da presidente Dilma. Com isso, PMDB rompe com a alian�a que existia desde 2004.
A reuni�o foi aberta pelo senador Romero Juc�, que iniciou colocando que "a reuni�o requer a sa�da do partido do governo com a entrega de todos os cargos". Em seguida, deu in�cio � vota��o, que seria por aclama��o, quando imediatamente todos se levantaram, enguendo as m�os.
Juc� enfatizou se tratar de uma reuni�o hist�rica para o PMDB e refor�ou que, a partir deste momento, "ningu�m est� autorizado a exercer qualquer cargo federal em nome do PMDB. A decis�o est� tomada".
Com o rompimento aprovado, a reuni�o foi encerrda com os dizeres: "Viva o Brasil".
No encontro estavam presentes v�rios caciques do partido, incluindo o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que acatou o pedido de impeachment contra Dilma, avaliado por uma comiss�o de parlamentares. O vice-presidente Michel Temer (PMDB) e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), n�o participaram da reuni�o.
Mais de 100, dos 127 integrantes do diret�rio, compareceram � reuni�o. A resolu��o aprovada estabelece a “imediata sa�da do PMDB do governo, com a entrega dos cargos em todas as esferas do Poder Executivo Federal”. Quem contrariar a decis�o, ficar� sujeito � instaura��o de processo no Conselho de �tica do partido.
Embora a decis�o seja de abandonar imediatamente os cargos ocupados pelos peemedebistas no governo, a c�pula partid�ria acenou em avaliar cada caso e at� permitir uma sa�da gradual. “A partir de agora, o PMDB n�o autoriza ningu�m a exercer, em nome do partido, nenhum cargo federal. Se, individualmente, algu�m quiser tomar uma posi��o vai ter que avaliar o tipo de consequ�ncia, o tipo de postura para a sociedade”, disse Juc�. “Para bom entendedor meia palavra j� basta, aqui n�s demos hoje uma palavra inteira”.
L�deres do partido acenam como data limite para a entrega dos cargos o dia 12 de abril. “Existe uma discuss�o sobre dar um prazo, acho at� que � uma coisa razo�vel, ministro n�o pode sair batendo portas deixando assuntos importantes do ponto de vista do interesse p�blico nacional por resolver”, disse o presidente da Funda��o Ulisses Guimar�es, Moreira Franco.
Mesmo com o rompimento, os l�deres do PMDB disseram que o partido n�o ser� oposi��o, mas que vai adotar uma postura de independ�ncia. “N�s seremos independentes. O que for de interesse do governo e importante para o Brasil n�s iremos votar. Se for algo que n�s n�o concordemos, n�s diremos claramente, n�o teremos mais atrelamento � base do governo”, disse Juc�.
A crise econ�mica foi apontada como maior justificativa para o afastamento do governo. Apesar de ainda permanecer com a vice-presid�ncia e de comandar at� o in�cio da semana sete minist�rios, o PMDB culpou o PT pela recess�o enfrentada no pa�s. “Estamos indo para o terceiro ano de recess�o e os milh�es de brasileiros que conquistaram posi��es sociais est�o perdendo essas posi��es e o governo n�o apresenta uma alternativa”, justificou Franco.