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Estado de Minas

Governo recebe com naturalidade decis�o do PMDB e busca repactua��o com aliados


postado em 29/03/2016 19:49

Bras�lia, 29 - O ministro-chefe do Gabinete da Presid�ncia, Jaques Wagner, afirmou nesta ter�a, 29, que o governo federal recebe "com naturalidade" o rompimento do PMDB com a presidente Dilma Rousseff (PT). Ele considerou que a decis�o do ex-aliado "chega numa boa hora e oferece a Dilma espa�o para repactua��o do governo", em negocia��es com outros partidos da base. At� essa segunda, 28, o PMDB comandava sete minist�rios.

Wagner afirmou que o governo ir� redistribuir os cargos ocupados pelo PMDB para outros partidos aliados e disse que, at� sexta-feira, 1�, haver� novidades. "O melhor jeito de buscar votos � ampliar espa�o para aliados. Sai um aliado de longa data, mant�m-se outros", disse, lembrando que Dilma j� ter� reuni�es na noite desta ter�a no Pal�cio do Alvorada para redesenhar o governo. Ele n�o soube informar quais ministros do PMDB ficar�o no governo.

O ministro, destacado por Dilma como porta-voz para comentar a sa�da do partido aliado do governo, considerou que "foi bom PMDB ter tomado decis�o antes da vota��o que se aproxima", numa refer�ncia ao processo de impeachment contra ela que tramita na C�mara. Ele admitiu que a negocia��o com os partidos aliados para a repactua��o do governo busca barrar uma decis�o pela sa�da de Dilma na C�mara. "Consideramos impeachment como golpe e vamos buscar votos no Congresso".

Wagner admitiu ainda que at� mesmo o cargo de ministro da Casa Civil poderia ser negociado com os partidos aliados que ainda n�o romperam com o governo. No entanto, o ministro alertou que para o cargo est� convidado o ex-presidente da Rep�blica Luiz In�cio Lula da Silva, cuja transmiss�o do cargo e posse ainda dependem da autoriza��o do Supremo Tribunal Federal (STF). "Para o posto da Casa Civil est� convidada uma pessoa; o ministro Luiz In�cio Lula da Silva, um conselheiro pol�tico. Mas, se o Supremo decidir que n�o, a Casa Civil pode ser negociada", completou.

Wagner afirmou ainda que a rela��o entre a presidente Dilma Rousseff e o vice Michel Temer est� "politicamente interditada" ap�s a sa�da do PMDB do governo.

Wagner evitou responder se o vice deveria renunciar ao cargo, j� que o seu partido n�o faz mais parte da base aliada, mas disse que, independentemente disso, a presidente ter� sempre uma rela��o "educada" com o peemedebista.

"Sair do governo � decis�o pessoal do Temer, voc�s deveriam perguntar a ele se ele vai sair", disse o ministro.

O ministro tamb�m ironizou a rapidez do encontro da legenda, que durou menos de cinco minutos. "Eu n�o sei o que o PMDB queria, talvez um t�tulo no Guinnes Book", afirmou.

Caso o impeachment de Dilma seja aprovado pelo Congresso, Temer � quem assume o poder. Sem citar o vice, Wagner colocou em xeque a legitimidade de um governo do peemedebista. "Se algu�m com 54 milh�es de votos j� tem dificuldade, algu�m que n�o tem pode ter ainda mais dificuldade."

Wagner tamb�m afirmou que impeachment sem causa � um "golpe dissimulado" e que o governo continua trabalhando para tirar o Pa�s da crise. Ele citou como exemplo o fato de estar marcado para esta quarta-feira, 30, o lan�amento da terceira fase do programa Minha Casa Minha Vida, que vem sendo adiado desde o ano passado.

O ministro disse ainda que a sociedade continua demonstrando apoio ao governo Dilma e que a presidente deve receber, nos pr�ximos dias, representantes de movimentos contra o impeachment, al�m de participar de atos com artistas e intelectuais.

O Pal�cio do Planalto demorou mais de tr�s horas para se manifestar, oficialmente, sobre o desembarque do PMDB do governo. Mesmo com a decis�o j� esperada, auxiliares de Dilma mantiveram o sil�ncio logo ap�s o partido decidir, no in�cio da tarde, deixar a base aliada.


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