Senadora acusa CUT de intimidar pessoas para comparecerem a ato pr�-Dilma

Bras�lia, 31 - A senadora Ana Am�lia (PP-RS) acusou a Central �nica dos Trabalhadores (CUT) de distribuir panfletos com "intimida��o" para convencer as pessoas a participarem de manifesta��es favor�veis ao governo. Segundo a senadora, os panfletos pregam o fim de benef�cios sociais caso a presidente Dilma Rousseff seja afastada.

"Est� escrito: v�o acabar com o 13� sal�rio, com pagamento de horas extras, multas por demiss�o e o FGTS. Quem j� � funcion�rio p�blico vai ser ferrado tamb�m. Direitos como Bolsa Fam�lia, Minha Casa Minha Vida, Mais M�dicos, Prouni, Pronatec, cr�dito rural para agricultores familiares, financiamentos com juros baixos para quem ganha pouco tamb�m ser�o tirados dos cidad�os, afinal n�o d�o lucros para empresas e bancos. Empresas estatais como Caixa, BNDES, companhias de energia e �guas, Correios ser�o privatizadas. � o que diz esse folheto da CUT distribu�do para atemorizar", afirmou Ana Am�lia em discurso em plen�rio.

Segundo a senadora, o panfleto foi distribu�do na rodovi�ria de Bras�lia e � um "instrumento de intimida��o", que teria sido utilizado tamb�m durante as elei��es de 2014. Ana Am�lia divulgou o v�deo em suas redes sociais, onde internautas afirmaram terem recebido os mesmos panfletos em outras regi�es do Pa�s.

Plano Temer

Procurada pela reportagem, a CUT n�o confirmou se os panfletos em quest�o foram de fato distribu�dos pela entidade. Mas afirmou que as cr�ticas feitas nos materiais assinados pela institui��o t�m por base os discursos do presidente da Funda��o Ulysses Guimar�es, Moreira Franco, e o documento "Uma Ponte para o Futuro", que re�ne propostas do PMDB.

No �ltimo domingo, o jornal O Estado de S.Paulo mostrou que a plataforma do vice-presidente Michel Temer tem por objetivo cortar subs�dios e diminuir gastos p�blicos. As medidas incluem revis�o de programas sociais, mudan�as na concess�o de bolsas de estudo, cortes de despesas e at� alternativas para tornar o SUS mais eficiente. Na entrevista, Moreira Franco, que faz parte do seleto grupo de assessores de Temer, confirmou as medidas mas n�o entrou em detalhes.