Rio, 31 - Os organizadores do ato contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, no Largo da Carioca (centro do Rio), calcularam em 50 mil o n�mero de manifestantes. A Pol�cia Militar (PM) n�o divulgou estimativas. No ato, muitas cr�ticas ao PMDB, � m�dia, ao presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e ao juiz Sergio Moro, respons�vel pelo processo da Opera��o Lava Jato na primeira inst�ncia.
Chamada de "Jornada Nacional Pela Democracia #golpenuncamais", a mobiliza��o come�ou por volta das 16h. Os manifestantes gritaram palavras de ordem, como "n�o vai ter golpe, vai ter luta".
O principal alvo da manifesta��o foi o vice-presidente Michel Temer (PMDB). Ele foi chamado de mentor do golpe e repetidas vezes os manifestantes cantaram a m�sica "Vou festejar", sucesso de Beth Carvalho, cujo refr�o diz: "voc� pagou com trai��o a quem sempre te deu a m�o". Os militantes pediram a ren�ncia de Temer, junto com a sa�da do PMDB do governo.
Houve um minuto de sil�ncio para lembrar as v�timas da ditadura militar no Brasil. O ato foi organizado pelos movimentos sociais Frente Brasil Popular e a Povo Sem Medo, compostos por sindicatos, associa��es de trabalhadores, estudantes e camponeses.
As cr�ticas a Sergio Moro foram feitas nos cartazes e nos discursos, sobretudo quando era lembrada a decis�o do Supremo Tribunal Federal (STF) em manter o processo contra o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva fora da al�ada do juiz. Militantes distribu�ram cartazes com a frase "Golpe nunca mais", com a logomarca da rede Globo no lugar da letra "o".