Bras�lia, 01 - Desde a sa�da do PMDB do governo no in�cio desta semana, o presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), vem reiterando as cr�ticas �s negocia��es de cargos que est�o sendo feitas nos bastidores pela presidente Dilma Rousseff para formar uma nova base aliada.
Nesta sexta-feira, 1, Cunha disse que "o governo est� fazendo uma luta insana de tentar fazer coopta��o" com os parlamentares para atingir o n�mero de votos para barrar o processo de impeachment na Casa. Dilma precisa de 172 deputados.
"Se por acaso o governo conseguir evitar a abertura do processo de impeachment, ele vai ter que governar no outro dia, e n�o vai governar com esse n�mero", disse Cunha. Ele acredita que mesmo que o governo consiga fazer uma repactua��o at� o dia da vota��o, depois teria que fazer novos acordos para garantir a governabilidade.
"At� podem fingir que v�o dar qualquer coisa agora, podem at� dar, mas depois v�o tirar." Cunha disse ainda que "o correto" seria enfrentar esse processo sem negocia��es, de acordo com os posicionamentos de cada um.
O peemedebista que o governo tem procurado parlamentares dizendo que eles n�o precisam comparecer na vota��o do impeachment. O objetivo seria evitar uma posi��o impopular na m�dia. "Para mim, n�o comparecer seria a mesma coisa que votar. Vai ser uma guerra pol�tica que vai ser travada e a puni��o para os que n�o vierem ser� pol�tica", completou.
O presidente da C�mara tamb�m criticou os atos contr�rios ao impeachment desta quinta-feira, 31, que classificou como "manifesta��o da mortadela". "O PT pedindo fora Cunha s� me honra", provocou o peemedebista. Ele tamb�m disse que "Dilma usa a estrutura p�blica para fazer atos pol�ticos e fazer campanha".
Sobre o an�ncio do relator da comiss�o especial do impeachment, Jovair Arantes (PDT-GO), de que deve adiantar a entrega de sua an�lise em dois dias, Cunha disse "a tramita��o est� clara".
Para ele, independente do prazo de vota��o do relat�rio final, a vota��o em plen�rio ocorrer� depois de contado um prazo de 96 horas. "Quando a comiss�o acabar a vota��o, o relat�rio vai ser lido em plen�rio na sess�o extraordin�ria seguinte, depois vai ser publicado e 48 horas depois ele entra. Seja o dia que cair, deve levar tr�s dias. Ser� na sequ�ncia", explicou.D