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Estado de Minas

Lula faz de hotel em Bras�lia 'QG da crise'

A su�te do hotel onde ex-presidente costuma se hospedar foi transformada em uma esp�cie de quartel-general do "Fica Dilma"


postado em 03/04/2016 09:55 / atualizado em 03/04/2016 10:45

(foto: NELSON ALMEIDA / AFP)
(foto: NELSON ALMEIDA / AFP)
Menos de sete quil�metros separam o Pal�cio do Planalto do hotel onde o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva tem feito articula��es pol�ticas desde que teve a nomea��o suspensa para a Casa Civil. Alvo da Opera��o Lava Jato e impedido de pisar no Planalto, Lula recebeu ali, nos �ltimos dias, ministros e dirigentes de partidos, al�m de deputados e senadores da fraturada base de sustenta��o do governo no Congresso. "Nunca pensei que a situa��o estivesse t�o cr�tica", disse ele, numa refer�ncia �s "demandas represadas" dos aliados. "Estamos comendo o p�o que o diabo amassou".

A su�te do hotel onde Lula costuma se hospedar, em Bras�lia, foi transformada em uma esp�cie de quartel-general do "Fica Dilma". O hotel � o mesmo onde morava o senador Delc�dio Amaral (ex-PT-MS), que ali foi preso pela PF, acusado de atrapalhar a Lava Jato.

Vez por outra Lula sai do gabinete de crise improvisado e se re�ne com interlocutores em local reservado. Na quarta-feira, por exemplo, ele foi ao apartamento do senador Jader Barbalho (PMDB-PA) e acertou a perman�ncia de Helder Barbalho na Secretaria dos Portos, mesmo ap�s o PMDB ter anunciado o div�rcio do governo. Helder � filho de Jader.

Na quinta, antes de voltar para S�o Paulo, acometido por forte gripe, o ex-presidente se encontrou com o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), que foi ministro da Integra��o no governo Dilma Rousseff. Partido do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em 2014, o PSB passou para a oposi��o, sob o argumento de que Dilma "perdeu a credibilidade e a capacidade de governar".

Ainda assim, Lula tenta "pescar" votos avulsos naquela seara. Pela sua contabilidade, o PSB poderia contribuir com "uns seis ou sete votos" de um total de 31. J� o PMDB, mesmo rachado, teria "potencial" para dar a Dilma cerca de 35 dos 68 votos da bancada.

Se depender de Lula, a ministra da Agricultura, K�tia Abreu (PMDB), deve sair da equipe. Dilma resiste porque K�tia � sua amiga, mas ele avalia que a ministra n�o tem como conseguir apoio para a presidente. Numa das reuni�es, petistas lembraram que o filho de K�tia, o deputado Iraj� Abreu (PSD-TO), j� votou contra o Planalto.

Novos tempos

Nas conversas para convencer aliados, Lula diz que, vencido o impeachment, Dilma est� disposta a "refundar" o governo e a mudar a cara da administra��o. Foi dele a ideia de dialogar com todas as for�as pol�ticas, incluindo a oposi��o, liderada pelo PSDB, para tentar um "pacto nacional".

Na avalia��o de Lula, por�m, Dilma precisa lan�ar com urg�ncia medidas para p�r "dinheiro na m�o do pobre". Ele chegou a se irritar com o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, para quem essas iniciativas j� est�o em andamento. "Ent�o voc�s precisam se comunicar melhor porque, se eu n�o sei, ningu�m sabe", retrucou Lula.

Em outra frente, emiss�rios do ex-presidente tamb�m procuraram, nos �ltimos dias, a Confer�ncia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e pediram ajuda para enfrentar a crise. O governo diz estar preocupado com o acirramento dos �nimos e o clima de intoler�ncia que tomou conta do Pa�s.

"N�o podemos deixar o Brasil se fragmentar em nome de uma disputa pol�tica. Precisamos conviver com a diversidade de forma pac�fica", afirmou o ministro da Comunica��o Social, Edinho Silva.

Durante muitos dias, Lula tamb�m tentou um acordo com o vice-presidente Michel Temer, antes do encontro do PMDB que selou o rompimento com o governo. Levou um ch� de cadeira e, quando finalmente conseguiu falar com Temer, fracassou na miss�o. "A presidente nunca quis me ouvir", disse-lhe o vice.

No 4º andar do Planalto, um acima de Dilma, o gabinete da Casa Civil - at� 16 de mar�o ocupado pelo ministro Jaques Wagner - foi esvaziado para receber Lula. At� agora, por�m, est� fechado. Virou "ponto tur�stico" de servidores, que querem saber quando o ex-presidente vai ocup�-lo. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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