A discuss�o que antecede a vota��o do parecer do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff deve adentrar a madrugada deste s�bado e tem grandes chances de continuar durante o fim de semana. O presidente da comiss�o especial, Rog�rio Rosso (PSD-DF), adiantou que vai propor aos l�deres partid�rios, em reuni�o hoje de manh�, terminar o debate at� segunda-feira.
O calend�rio
Confira os pr�ximos passos da tramita��o do impeachment na C�mara
Hoje
» �s 11h, l�deres da comiss�o especial se re�nem em busca de um consenso que d� rumo e agilidade aos trabalhos da comiss�o. �s 15h, a reuni�o come�a no plen�rio 1 das comiss�es da C�mara, sem hora pra terminar.
S�bado
» A reuni�o iniciada na tarde anterior deve avan�ar pela madrugada e manh� de s�bado, at� que todos os parlamentares inscritos possam falar. Ontem, j� eram 108 oradores, entre integrantes e n�o membros da comiss�o. Quem faz parte do colegiado fala por at� 15 minutos. Quem n�o faz, 10 minutos. L�deres tamb�m t�m garantidos 15 minutos. S�o previstas, pelo menos at� agora, 27 horas e meia de discuss�o.
Domingo
Sem reuni�o.
Segunda-feira
�s 17h, come�a a vota��o do relat�rio.
A sess�o de debates ter� in�cio �s 15h. At� agora, 108 est�o inscritos para falar, mais 25 l�deres. Integrantes da comiss�o podem ter a palavra por 15 minutos e os demais parlamentares, por 10 minutos. Dessa forma, j� s�o contabilizadas mais de 24 horas de discursos. A sess�o n�o ser� encerrada, para que contabilizem cinco sess�es desde a apresenta��o do parecer at� o dia da vota��o, que � uma das regras do rito.
O l�der petista, Afonso Florence (BA), criticou a proposta de Rosso de estender a sustenta��o oral. Ele avalia que a comiss�o n�o tem direito de criar um precedente como esse, j� que “nunca” teria havido sess�es no fim de semana. Florence, inclusive, disse que o presidente da comiss�o seria culpado pela “mortandade” decorrente de eventuais conflitos ocorridos nas imedia��es do Congresso entre grupos pr� e contra impeachment.
O Correio, no entanto, obteve documentos internos da C�mara mostrando que em 14 e 15 de dezembro de 1991, s�bado e domingo, houve sess�es plen�rias na C�mara. Na �poca, durante o governo de Fernando Collor de Mello, foram votadas medidas como a isen��o de Imposto sobre Produ��o Industrial (IPI) para usineiros e proposta de mudan�as para d�vidas de estados.
Ainda assim, deputados petistas criticaram a possibilidade e disseram que a velocidade da comiss�o est� sendo oposta ao registrado na Comiss�o de �tica que analisa suposta quebra de decoro do presidente da Casa, Eduardo Cunha. O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) foi um dos que fez a compara��o. “S�o dois pesos, duas medidas”, disse.