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Estado de Minas

Indicado de Dilma � citado em acordo


postado em 08/04/2016 07:37

S�o Paulo, 08 - A dela��o premiada dos executivos da Andrade Gutierrez vai detalhar o papel de Valter Cardeal, um dos homens de confian�a da presidente Dilma Rousseff, no esquema de corrup��o envolvendo obras do setor de energia.

Diretor afastado da Eletrobras, junto com Adhemar Palocci em julho de 2015, ele � funcion�rio da companhia de energia do Rio Grande do Sul desde a d�cada de 1970 e foi levado para o governo federal pela presidente, quando a petista era ministra de Minas e Energia no governo Lula. Sempre foi considerado um "xerife" na estatal energ�tica, mandando indiretamente em todas subsidi�rias.

O nome de Cardeal apareceu na Opera��o Lava Jato pela primeira vez na dela��o do empreiteira Ricardo Pessoa, dono da UTC, sobre os R$ 30 milh�es de propina pagos em Angra 3. Pessoa, na �poca, citou que o coment�rio era que ele era "pessoa da Dilma".

Esse teria sido um dos motivos que levaram o governo a trabalhar nos bastidores pela retirada do processo envolvendo as obras de Angra 3 das m�os do juiz federal S�rgio Moro, que conduz os processos da Lava Jato em primeiro grau.

Propina

Cardeal tamb�m � figura-chave, segundo investigadores da Lava Jato, para descobrir a propina paga nas obras de hidrel�tricas, como Belo Monte, no Par�, e Jirau, em Rond�nia. H� ainda um projeto binacional com a Argentina, que envolve a Odebrecht - hidrel�tricas Garambi-Panambi, parceria entre Eletrobras e estatal argentina - que podem ter sua participa��o. Ap�s a homologa��o da colabora��o premiada, os executivos da Andrade Gutierrez partir�o para a fase de detalhar pontos que levantaram.

O ex-presidente da Andrade Gutierrez Ot�vio Azevedo entregou esquema de corrup��o no setor el�trico envolvendo superfaturamento em contratos relacionados com a constru��o da usina de Belo Monte e obras na usina nuclear de Angra 3.

Cardeal foi presidente interino da Eletrobras de 2007 a 2008. O diretor est� licenciado da Eletrobras desde julho do ano passado, quando seu nome foi mencionado por Ricardo Pessoa, da UTC. Em liga��o interceptada pela Lava Jato, Cardeal e o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, ent�o presidente da Eletronuclear, conversaram sobre a dela��o feita por Pessoa e combinaram uma a��o para rebater as acusa��es.

"Tu sabe o que aquele filha da puta daquele Ricardo fez?", disse Valter Cardeal ao almirante, que foi preso no dia 28 de julho na fase Radioatividade da Lava Jato. "N�o sei n�o. N�o�", respondeu Othon Luiz. "Ele (Ricardo Pessoa) disse que n�s�que a Eletrobras n�..que fez uma negocia��o intensa pra baixar 10%. E baixando 10%, ent�o ele...que ele s� aceitou 6 n�! E que a diferen�a n�...eu mandei dar pro...pro...que eu mandei d� pro Vaccari!", respondeu Cardeal.

Jo�o Vaccari Neto foi tesoureiro do PT at� ser preso pela Lava Jato acusado de ser o operador do partido no esquema de corrup��o na Petrobr�s.

Gestor p�blico

Na �poca, Cardeal negou em entrevista ao Estado que tivesse combinado vers�o com o almirante. "Sou um homem de bem, nunca fiz nada errado na minha vida. Fui 46 anos do setor el�trico, sou diretor de empresas h� quase tr�s d�cadas. Estou em licen�a at� que as investiga��es sejam conclu�das."

Sobre a obra de Angra 3, Cardeal afirmou: "N�s participamos, sim, dos trabalhos sobre a quest�o da contrata��o das empresas que iriam montar Angra 3. Minha obriga��o como gestor p�blico, � aprofundar o conhecimento dos custos, reduzir custos, �nica e exclusivamente. Nada consta a minha pessoa, a n�o ser a minha intensa luta para reduzir custos. De 20% que acabou em 6%. Ele (Pessoa) inventou uma hist�ria para se vingar, porque essa redu��o de 6%, deu praticamente R$ 200 milh�es de redu��o de custo."

O Estado n�o conseguiu localizar Valter Cardeal ontem para comentar o assunto.

As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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