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Estado de Minas

Capez esfregou o indicador e o polegar das duas m�os, diz delator sobre propina

Lobista diz que presidente da Assembleia de S�o Paulo, Fernando capez, pediu dinheiro para a camapnha eleitoral


postado em 08/04/2016 11:01 / atualizado em 08/04/2016 11:11

Deputado Fernando Capez
Deputado Fernando Capez
S�o Paulo - O lobista Marcel Julio, personagem central da Opera��o Alba Branca - investiga��o que mira fraude na merenda escolar em S�o Paulo -, relatou em sua dela��o premiada � Procuradoria-Geral de Justi�a encontros com presidente da Assembleia Legislativa de S�o Paulo, Fernando Capez (PSDB) e afirma que tucano exigiu dinheiro porque sua campanha eleitoral estava "sofrendo".

A Alba Branca investiga um esquema de fraudes em licita��es da merenda escolar. A Cooperativa Org�nica Agr�cola Familiar (Coaf) se infiltrou em pelo menos 22 prefeituras e mirava em contratos da Secretaria da Educa��o do governo Geraldo Alckmin (PSDB).

Em sua dela��o, Marcel Julio afirmou que ele e o pai, Leonel Julio, ex-presidente da Assembleia Legislativa de S�o Paulo pelo antigo MDB, que tamb�m foi preso na Alba Branca, auxiliaram Capez na campanha de 2010.

Marcel Julio afirmou que em 2014 esteve tr�s vezes seguidas no escrit�rio pol�tico. A primeira apenas com o assessor do tucano, Luiz Carlos Gutierrez, o Lic�, para quem teria entregado documentos. Depois duas vezes com Capez, segundo Marcel Julio.

Segundo o delator, o escrit�rio pol�tico ficava na Rua Tumiaru, na Vila Mariana (zona sul da capital). Na dela��o, o lobista descreveu o escrit�rio e "a secret�ria Sol". Marcel Julio disse que foi Lic�, que era seu amigo, quem marcou e esteve presente em todos os encontros.

Em um trecho da dela��o, o lobista afirmou. "Quando nos prepar�vamos para deixar o local, na frente de todos que estavam ali na antessala, o deputado esfregou indicador e polegar, das duas m�os, rindo e de bra�os abertos, enquanto dizia: 'N�o esquece de mim, hein, estou sofrendo em campanha!'. Ficou bem claro que com esse gesto ele queria dinheiro."

O delator relatou que em um dos encontros, o ex-assessor do tucano Jeter Rodrigues Pereira o chamou na Assembleia para conversar . "Eu fui at� l�, quando ele me disse: Voc� viu l� a publica��o, tudo como combinamos? Agora precisamos falar de valores. Eu quero 2% do contrato e no total n�s queremos, tirando os meus 2%, mais R$ 450 mil para ajudar na campanha do Deputado Capez", afirmou o lobista.

Reuni�o

Em um dos encontros, Marcel Julio relatou que participaram Capez, ele, Lic� e um investigado de nome "C�sar". Segundo o lobista, Capez afirmou que "j� estava por dentro do assunto" e que "iria resolver o problema", mandando Lic� enviar um e-mail para a secretaria de Educa��o.

Dez dias depois, afirmou o delator, Marcel e Cesar se reuniram com Capez e Lic�. O tucano teria pedido para a secret�ria Sol ligar para o ex-chefe de gabinete da Educa��o estadual Fernando Padula. A secret�ria teria informado que Padula n�o poderia atender. O delator contou que Capez ligou do pr�prio celular e conversou com Padula.

De acordo com Marcel Julio, depois de explicar que o contrato seria cancelado e haveria outro, Capez disse para "ficarmos tranquilos que garantiria o novo contrato e na sa�da de nossa pediu o dinheiro".

"O deputado at� chegou a afastar o aparelho do ouvido para mostrar que estava falando e foi logo dizendo 'P�, Padula, o que est� acontecendo com o assunto Cooperativa Coaf. Voc� ficou de me passar a informa��o. Eles est�o com problema e v�o perder o suco'", relatou o lobista.

Defesas

Capez afirma que n�o recebeu propinas do esquema descoberto na Opera��o Alba Branca. O argumento central do parlamentar, ao recha�ar a den�ncia do lobista, � que o contrato da Secretaria da Educa��o citado � de 2015. Ou seja, na avalia��o do deputado, n�o faz sentido a vers�o de que teria recebido propina para sua campanha no ano anterior ao do fechamento do contrato da merenda.

Fernando Padula tamb�m nega e envolvimento com a organiza��o que fraudava licita��es da merenda. Quando foi citado em grampos da Opera��o Alba Branca declarou que est� � disposi��o do Minist�rio P�blico e da Justi�a para prestar todos os esclarecimentos.

O espa�o est� aberto para manifesta��es dos investigados.


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