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Estado de Minas

Lula: N�o queremos ajuste nem corte, n�o somos tesoura


postado em 08/04/2016 22:55

S�o Paulo, 08 - O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva sinalizou mais uma vez, nesta sexta-feira, 8, que, se assumir o cargo de ministro-chefe da Casa Civil, trabalhar� para evitar o ajuste fiscal. "Se algu�m tem que estar incomodado com a Dilma, somos n�s, que n�o gostamos do pacote de reformas (econ�micas) que ela apresentou no fim do ano passado. N�o queremos ajuste, corte, corte, corte, n�o somos tesoura, queremos crescimento", disse.

A declara��o do petista foi dada em discurso durante evento no Centro de Conven��es do Anhembi, na zona norte de S�o Paulo. O ex-presidente falou para plateia formada principalmente por profissionais da �rea de educa��o, estudantes e militantes de movimentos sindicais e do PT, em ato intitulado "Encontro de Lula com a Educa��o". O audit�rio, com capacidade para cerca de 2,5 mil pessoas, estava preenchido parcialmente.

Lula, que trocou a tradicional camisa vermelha do PT por terno e gravata, come�ou o discurso sem o habitual vigor e reclamando de dores na garganta. Depois de 15 minutos, no entanto, deixou o seu local na mesa e passou andar e gesticular pelo palco. Mais en�rgico, voltou a provocar o vice-presidente Michel Temer. "Companheiro Temer, voc� quer ser presidente? Dispute elei��o", afirmou, criticando em seguida o programa "Uma ponte para o futuro", apresentado pelo PMDB como uma solu��o para o pa�s. "Todo ano n�o haver� verba garantida para a educa��o. Eles querem que o Congresso vote a verba. Esse � o presente que eles querem dar ao povo brasileiro", disse.

O tom do ex-presidente subiu quando ele lembrou da dela��o premiada feita pela empreiteira Andrade Gutierrez. "Vi uma not�cia de uma empresa que prestou dela��o premiada, essa empresa � de Minas, sabidamente ligada aos tucanos, e fiquei pasmo, porque na hora que aparece na imprensa, n�o aparecem os tucanos", disse Lula, depois de ter afirmando que as dela��es premiadas mais lhe pareciam o reality show Big Brother.

O ex-presidente tamb�m reafirmou a sua honestidade. "N�o h� um juiz ou delegado que seja 10 centavos mais honesto do que eu", afirmou. "Est�o tentando atacar aquilo que � mais sagrado para mim: a minha moral", disse Lula, depois de ter contado hist�rias da sua inf�ncia em que teve vontade de cometer pequenos crimes, mas que n�o cometeu porque se conteve. "Eu n�o queria envergonhar a minha m�e", justificou.

O discurso de Lula durou 40 minutos. Ele foi recebido com gritos de "N�o vai ter golpe". Com o mesmo grito ele finalizou a sua fala, puxando o coro da plateia. Antes do seu discurso, estudantes que ocuparam escolas estaduais de S�o Paulo em protesto contra o fechamento de 94 unidades leram manifesto em apoio � presidente Dilma Rousseff. Al�m disso, lideran�as ligadas � educa��o elogiaram pol�ticas p�blicas para o tema lan�adas por Lula, como o Prouni.

O ato, organizado pela Central �nica dos Trabalhadores (CUT), faz parte do esfor�o do petista em barrar o impeachment da presidente Dilma Rousseff. A mesa montada em cima do palco exibia uma faixa com a frase "Todo na luta pela Democracia. Golpe, n�o!". Atr�s, um enorme cartaz estampava uma imagem do ex-presidente com uma frase atribu�da a ele, que diz que "democracia � a conviv�ncia da diversidade". Na entrada, professores da rede municipal de ensino coletavam assinaturas contra o afastamento de Dilma.

O evento ocorre um dia depois de o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, ter mudado de opini�o em rela��o � indica��o de Lula para o cargo de ministro-chefe da Casa Civil. Agora, Janot se mostra favor�vel � anula��o do decreto da presidente Dilma Rousseff que deu posse ao petista. Lula foi indicado para o cargo em mar�o, mas teve sua nomea��o suspensa pela Justi�a.

A mudan�a de postura de Janot atrapalha os planos de Lula de voltar ao governo. O petista tinha a expectativa de assumir nessa quinta, 7, o cargo de titular da Casa Civil, com o aval do Supremo Tribunal Federal (STF). O imbr�glio se deve ao fato de que Lula � investigado pela Pol�cia Federal e sua indica��o para a Casa Civil � vista como uma tentativa de obter foro privilegiado. Assim, ele fugiria das m�os do juiz federal S�rgio Moro, que conduz os julgamentos da opera��o Lava Jato em primeira inst�ncia.


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