Genebra - A Organiza��o das Na��es Unidas (ONU) apela para que o processo de impeachment no Brasil n�o se transforme em um confronto social no pa�s e que os princ�pios democr�ticos sejam preservados durante o processo. A entidade, que se pronunciou na manh� desta ter�a-feira, 12, ainda apelou para que "todos os lados" respeitem o Judici�rio.
"Estamos acompanhando de perto a situa��o e j� fizemos alguns alertas em algumas ocasi�es. A tens�o, por�m, n�o parece perder for�a e continuamos preocupados", afirmou Ravina Shamdasani, porta-voz do Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos, falando em uma confer�ncia de imprensa em Genebra, na Su��a.
"Renovamos nosso apelo para todos os lados para garantir que o Poder Judici�rio seja respeitado, que as institui��es democr�ticas pelas quais o Brasil lutou tanto para ter sejam respeitadas e n�o sejam minadas no processo", disse.
Na semana passada, a c�pula da ONU alertou que a crise pol�tica no Brasil poderia ter um impacto internacional e apelou para que os l�deres nacionais atuem para solucionar o impasse que vive o Pa�s. Em declara��es exclusivas ao jornal O Estado de S. Paulo, o secret�rio-geral da ONU, Ban Ki Moon, indicou que a instabilidade no Pa�s entrou no radar da entidade e pediu uma rea��o "harmoniosa" diante da crise.
"Por enquanto, esse � um problema pol�tico dom�stico. Mas o Brasil � um Pa�s muito importante e qualquer instabilidade pol�tica no Brasil � uma preocupa��o social para n�s", disse Ban, em Genebra.
O coreano fez um apelo, o primeiro em rela��o ao Brasil em quase dez anos de seu comando da ONU e uma atitude rara nos contatos das Na��es Unidas com o Pa�s. "Pe�o que os l�deres adotem solu��es harmoniosas e tranquilas", declarou. "Sei que � um desafio que o Pa�s vive. Mas acho que v�o conseguir superar", disse.
Na entidade, por�m, o recado � tanto para a oposi��o quanto para o governo. H� apenas uma semana, a ONU rompeu seu sil�ncio e alertou para a crise brasileira. Em um apelo tanto aos atuais ocupantes do governo federal como aos demais partidos pol�ticos, a Organiza��o das Na��es Unidas disse esperar que os agentes p�blicos brasileiros "cooperem totalmente" com as autoridades judici�rias nas investiga��es sobre "suposta corrup��o de alto n�vel, para evitar quaisquer a��es que possam ser vistas como um meio de obstruir a Justi�a".
Mas tamb�m lembrou que o Judici�rio deve atuar com "escr�pulos, dentro das regras do direito dom�stico e internacional, evitando adotar posi��es pol�tico-partid�rias."
"Estamos preocupados com a possibilidade de que um c�rculo vicioso possa estar sendo desenvolvido que acabe afetando a credibilidade tanto do Executivo como do Judici�rio", disse Rupert Colville, porta-voz da ONU.
Nesse in�dito posicionamento da organiza��o sobre a crise pol�tica brasileira, a entidade faz cobran�as a todos os agentes protagonistas da atual situa��o ao se dizer "preocupada com os debates cada vez mais politizados e acalorados" registrados nas �ltimas semanas no Pa�s.
Para o Alto Comissariado, essa situa��o amea�a causar "um s�rio dano de longo prazo para o Estado e para as conquistas democr�ticas feitas nos �ltimos 20 anos nos quais o Brasil tem sido governado sob uma Constitui��o que d� fortes garantias de direitos humanos".
"Estamos acompanhando de perto a situa��o e j� fizemos alguns alertas em algumas ocasi�es. A tens�o, por�m, n�o parece perder for�a e continuamos preocupados", afirmou Ravina Shamdasani, porta-voz do Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos, falando em uma confer�ncia de imprensa em Genebra, na Su��a.
"Renovamos nosso apelo para todos os lados para garantir que o Poder Judici�rio seja respeitado, que as institui��es democr�ticas pelas quais o Brasil lutou tanto para ter sejam respeitadas e n�o sejam minadas no processo", disse.
Na semana passada, a c�pula da ONU alertou que a crise pol�tica no Brasil poderia ter um impacto internacional e apelou para que os l�deres nacionais atuem para solucionar o impasse que vive o Pa�s. Em declara��es exclusivas ao jornal O Estado de S. Paulo, o secret�rio-geral da ONU, Ban Ki Moon, indicou que a instabilidade no Pa�s entrou no radar da entidade e pediu uma rea��o "harmoniosa" diante da crise.
"Por enquanto, esse � um problema pol�tico dom�stico. Mas o Brasil � um Pa�s muito importante e qualquer instabilidade pol�tica no Brasil � uma preocupa��o social para n�s", disse Ban, em Genebra.
O coreano fez um apelo, o primeiro em rela��o ao Brasil em quase dez anos de seu comando da ONU e uma atitude rara nos contatos das Na��es Unidas com o Pa�s. "Pe�o que os l�deres adotem solu��es harmoniosas e tranquilas", declarou. "Sei que � um desafio que o Pa�s vive. Mas acho que v�o conseguir superar", disse.
Na entidade, por�m, o recado � tanto para a oposi��o quanto para o governo. H� apenas uma semana, a ONU rompeu seu sil�ncio e alertou para a crise brasileira. Em um apelo tanto aos atuais ocupantes do governo federal como aos demais partidos pol�ticos, a Organiza��o das Na��es Unidas disse esperar que os agentes p�blicos brasileiros "cooperem totalmente" com as autoridades judici�rias nas investiga��es sobre "suposta corrup��o de alto n�vel, para evitar quaisquer a��es que possam ser vistas como um meio de obstruir a Justi�a".
Mas tamb�m lembrou que o Judici�rio deve atuar com "escr�pulos, dentro das regras do direito dom�stico e internacional, evitando adotar posi��es pol�tico-partid�rias."
"Estamos preocupados com a possibilidade de que um c�rculo vicioso possa estar sendo desenvolvido que acabe afetando a credibilidade tanto do Executivo como do Judici�rio", disse Rupert Colville, porta-voz da ONU.
Nesse in�dito posicionamento da organiza��o sobre a crise pol�tica brasileira, a entidade faz cobran�as a todos os agentes protagonistas da atual situa��o ao se dizer "preocupada com os debates cada vez mais politizados e acalorados" registrados nas �ltimas semanas no Pa�s.
Para o Alto Comissariado, essa situa��o amea�a causar "um s�rio dano de longo prazo para o Estado e para as conquistas democr�ticas feitas nos �ltimos 20 anos nos quais o Brasil tem sido governado sob uma Constitui��o que d� fortes garantias de direitos humanos".